quarta-feira, 9 de março de 2011

RECICLAGEM DO ALUMINIO


A reciclabilidade é um dos atributos mais importantes do alumínio. 
O alumínio é um metal branco e prateado que por ser extremamente leve e resistente à corrosão, possui inúmeras aplicações na indústria. Por ser um metal nobre, de alto valor residual, possui uma série infindável de aplicações, servindo para a fabricação de diversos produtos tais como grades, janelas, telhas, panelas, barcos, peças para automóveis, artigos eletrônicos, dentre outros. Ao contrário de outros materiais, o alumínio pode ser reciclado infinitas vezes, sem perder suas qualidades no processo de reaproveitamento.
O exemplo mais comum é o da lata de alumínio para bebidas, cuja sucata transforma-se novamente em lata após a coleta e refusão, sem que haja limites para seu retorno ao ciclo de produção. Esta característica possibilita uma combinação única de vantagens para o alumínio, destacando-se, além da proteção ambiental e economia de energia, o papel multiplicador na cadeia econômica.
A reciclagem de alumínio é feita tanto a partir de sobras do próprio processo de produção, como de sucata gerada por produtos com vida útil esgotada. De fato, a reciclagem tornou-se uma característica intrínseca da produção de alumínio, pois as empresas sempre tiveram a preocupação de reaproveitar retalhos de chapas, perfis e laminados, entre outros materiais gerados durante o processo de fabricação. Este reaproveitamento de sobras do processo pode ocorrer tanto interna como externamente, por meio de terceiros ou refusão própria. Em qualquer caso representa uma grande economia de energia e matéria-prima, refletindo-se em aumento da produtividade e redução da sucata industrial.

Sua história

As latas de alumínio surgiram no mercado norte-americano em 1963. Mas os programas de reciclagem começaram em 1968 nos Estados Unidos, fazendo retornar à produção meia tonelada de alumínio por ano. Quinze anos depois, esse mesmo volume era reciclado por dia. Os avanços tecnológicos ajudaram a desenvolver o mercado: há 25 anos, com um quilo de alumínio reciclado era possível fazer 42 latas de 350 ml. Hoje, a indústria consegue produzir 62 latas com a mesma quantidade de material, aumentando a produtividade em 47%. As campanhas de coleta se multiplicaram e, atualmente, 10 milhões de americanos participam ativamente dos programas de coleta.
No Brasil, há muito tempo as latas vazias são misturadas com outras sucatas de alumínio e fundidas para a produção, por exemplo, de panelas e outros utensílios domésticos. Em 1991, a Latasa lançou o primeiro programa brasileiro de reciclagem desse material. Em cinco anos, foram coletadas mais de 22 mil toneladas (460 toneladas mensais, em média) com a participação de 1,2 milhão de pessoas, contribuindo para o total reciclado de 2,5 bilhões de latas por ano. No programa são usadas máquinas conhecidas como papa-latas , que prensam o metal, reduzindo seu tamanho para compor fardos encaminhados para a reciclagem.

Como se fabrica o alumínio ?

O alumínio é obtido a partir de um minério chamado bauxita. Para fabricá-lo, é preciso separar os elementos que compõem a bauxita da alumina. Chega-se à alumina (a alumina é um pó branco e fino, bem parecido com o açúcar) através de um processo de refinação. Depois de uma série de processos químicos, chega-se ao alumínio. É preciso ressaltar que o alumínio é um metal 100% e infinitamente reciclável.

Quais as vantagens de reciclar o alumínio ?

A cada quilo de alumínio reciclado, cinco quilos de bauxita (minério de onde se produz o alumínio) são poupados. Para se reciclar uma tonelada de alumínio, gasta-se somente 5% da energia que seria necessária para se produzir a mesma quantidade de alumínio primário, ou seja, a reciclagem do alumínio proporciona uma economia de 95% de energia elétrica. Para se ter uma idéia, a reciclagem de uma única latinha de alumínio economiza suficiente energia para manter um aparelho de TV ligado durante três horas.

Principais benefícios da Reciclagem

Sociais

Colaboração para o crescimento da consciência ecológica na comunidade ;
Menor agressão ao meio ambiente ;
Incentiva a reciclagem de outros materiais ;
Promove o aumento de renda em áreas carentes ;
• Beneficia entidades assistenciais tais como igrejas e escolas. 

Políticos

Colabora para o estabelecimento de políticas de destinação de resíduos sólidos 
Ajuda no conhecimento da composição do lixo urbano 
Pode ser adaptável a realidades diferentes sem problemas (cidades grandes, médias e pequenas) 

Econômicos

Injeção de recursos na economia local ;
Fonte de renda permanente para mão-de-obra não qualificada ;
Não necessita de grandes investimentos ;
Proporciona grande economia de energia elétrica ;
Estimula outros negócios Ex: máquinas e equipamentos para prensagem e fundição de latas, cooperativas e centros de reciclagem.

Multiplicador na cadeia econômica

O índice de reciclagem de latas de alumínio no País atingiu a marca de 78% em 2000, o segundo maior do mundo, superado apenas pelo Japão, determinado a expansão de um setor quase sempre marginalizado na economia, mas que movimenta volumes e valores respeitáveis: o da coleta e comercialização de sucata.
Essa atividade assume um papel multiplicador na cadeia econômica, que reúne desde as empresas produtoras de alumínio e seus parceiros, até recicladores, sucateiros e fornecedores de insumos e equipamentos para a indústria de reciclagem.
Trata-se de um setor que tem estimulado o desenvolvimento de novos segmentos, como o de fabricantes de máquinas para amassar latas, prensas e coletores e que atrai ainda ambientalistas e gestores das instituições
públicas e privadas, envolvidos no desafio do tratamento e reaproveitamento de resíduos e também beneficia milhares de pessoas, que retiram da coleta e reciclagem sua renda familiar.
Não é para menos que o mercado brasileiro de sucata de lata de alumínio movimenta hoje mais de US$100 milhões anuais. 
Reflexos Ambientais e Sociais
A reciclagem de alumínio cria uma cultura de combate ao desperdício. Difunde e estimula o hábito do reaproveitamento de materiais, com reflexos positivos na formação da cidadania e no interesse pela melhoria da qualidade de vida da população.
O alto valor agregado do alumínio desencadeia um benefício indireto para outros setores, como o plástico e o papel. A valorização do alumínio para o sucateiro torna atraente sua associação com coletas de outros materiais de baixo valor agregado e grande impacto ambiental. Além disso, a perspectiva de reaproveitamento permanente chama a atenção da sociedade por produtos e processos limpos, criando um comportamento mais renovável em relação ao meio ambiente no País.


Benefícios da Reciclagem de Alumínio
Econômicos e Sociais
Ambientais
assegura renda em áreas carentes, constituindo fonte permanente de ocupação e remuneração para mão-se-obra não qualificada
injeta recursos nas economias locais, através da criação de empregados, recolhimento de impostos e desenvolvimento do mercado
estimula outros negócios, por gerar novas atividades produtivas (máquinas e equipamentos especiais).
favorece o desenvolvimento da consciência ambiental, promovendo um comportamento responsável em relação ao meio ambiente, por parte das empresas e dos cidadões
incentiva a reciclagem de outros materiais, multiplicando ações em virtude do interesse que desperta por seu maior valor agregado
reduz o volume de lixo gerado, contribuindo para a solução da questão do tratamento de resíduos resultantes do consumo.

Vantagens do Alumínio para o Meio Ambiente: 
Mineração: responsabilidade com a natureza




Da natureza vem a matéria-prima para a produção do alumínio e portanto, existe uma grande preocupação por parte da indústria produtora do metal em preservá-la. O alumínio vem a ser o metal mais abundante do planeta, segundo a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). 
A indústria brasileira do alumínio é hoje referência mundial em ações de preservação ambiental. Graças à iniciativas pioneiras e à várias parcerias institucionais, o setor obteve grandes resultados na redução de consumo de recursos naturais, na redução de emissões, na reabilitação de áreas mineradas e no reaproveitamento e reciclagem de resíduos e produtos. Um exemplo dos bons resultados do setor é a redução da emissão de gases que contribuem para o efeito estufa.
 

O Brasil é o sexto maior produtor de alumínio primário do mundo e possui a 3ª maior reserva mundial de bauxita, minério utilizado para a obtenção do alumínio. A extração da bauxita é feita com uma criteriosa remoção das camadas superficiais de solo orgânico, recolhido e guardado para ser utilizado na futura reabilitação das áreas mineradas. 60% das áreas mineradas do País já foram reabilitadas e devolvidas na quase totalidade ao seu uso original de floresta nativa, com mudas produzidas em viveiros das próprias empresas. 

Principal atributo do alumínio


A reciclabilidade é um dos atributos mais importantes do alumínio. Qualquer produto produzido com este metal pode ser reciclado infinitas vezes, sem perder suas qualidades no processo de reaproveitamento, ao contrário de outros materiais, que geram resíduos com aplicações menos nobres.
Quanto mais curto for o ciclo de vida de um produto de alumínio, mais rápido será o seu retorno à reciclagem. Isto explica o sucesso das latinhas de alumínio para bebidas, cujo tempo entre seu nascimento, consumo e descarte dura aproximadamente 30 dias.
A cada quilo de alumínio reciclado, cinco quilos de bauxita (minério de onde se produz o alumínio) são poupados. Para se reciclar uma tonelada de alumínio, gasta-se somente 5% da energia que seria necessária para se produzir a mesma quantidade de alumínio primário, ou seja, a reciclagem do alumínio proporciona uma economia de 95% de energia elétrica. Para se ter uma idéia, a reciclagem de uma única latinha de alumínio economiza energia suficiente para manter um aparelho de TV ligado durante três horas.

O CICLO DE VIDA DO ALUMÍNIO

Depois de coletadas, as latas de alumínio vazias são prensadas, enfardadas e encaminhadas para as indústrias de fundição.
As latinhas são derretidas nos fornos e transformadas em lingotes de alumínio. Os blocos de alumínio são vendidos para os fabricantes de lãminas de alumino, que comercializam as chapas para as indústrias de lata. 

A origem do Alumínio: Matéria-Prima para a produção de Latas



O alumínio é obtido a partir de um minério chamado bauxita, descoberto na cidade francesa de Les Baux. 
Um cientista francês, Henry Sainte-Claire Deville, foi o responsável por tirar o alumínio dos laboratórios e possibilitar sua produção em maior escala, reduzindo assim seu preço. Em 1854, o cientista conseguiu a primeira obtenção industrial do alumínio por processo químico - usando cloreto duplo de alumínio e sódio fundido.
A grande mudança aconteceu somente em 1886, com o americano Charles Martin Hall e o francês Paul Louis Toussaint Héroult, que descobriram e patentearam, quase simultaneamente, o processo de obtenção de alumínio por meio de corrente elétrica. Pela incrível coincidência, pois os dois cientistas não se conheciam, o processo eletrolítico ficou conhecido como Hall-Heróult e permitiu o estabelecimento da moderna indústria do alumínio.

Para sua fabricação, é necessário separar os elementos que compõem a bauxita da alumina. Obtém-se a alumina, um pó branco, bem parecido com o açúcar refinado. Após uma série de processos químicos, chega-se ao alumínio: metal nobre, 100% e infinitamente reciclável. Suas aplicações são igualmente incontáveis: da fabricação de panelas, janelas e telhas a carrocerias e peças de carros, barcos e aeronaves, de equipamentos eletrônicos a objetos de decoração, além de matéria-prima para a indústria aeronáutica e aeroespacial e, é claro, para a indústria de latas de bebidas.

Exemplos de aplicações do alumínio:

Bens de Consumo

Construção Civil
Como a chapa de alumínio se transforma em latinha?

Existe um longo processo para se chegar a uma latinha de bebida. O processo de fabricação de uma lata tem 8 passos. O primeiro passo é a formação do corpo. O alumínio laminado, que vem em grandes bobinas, entra na prensa de estampagem. O equipamento computadorizado, corta a chapa em vários discos dando-lhes a forma de um copo. O alumínio neste estágio ainda tem a espessura da lâmina original. 

Depois, os copos seguem para outra prensa onde suas paredes externas, submetidas a uma grande pressão, vão afinar sua espessura e serão esticadas para formar o corpo da lata, tal como o conhecemos. Na saída da prensa, as bordas superiores são aparadas para que todos os corpos fiquem da mesma altura. 

O passo seguinte é a lavagem da lata, por dentro e por fora. Na lavadora, as latinhas passam por vários banhos e depois vão para um forno de secagem, o que garante sua limpeza e esterilização. Na impressão, os rótulos são feitos por um sistema de flexografia e podem receber várias cores ao mesmo tempo. As máquinas mais modernas conseguem imprimir acima de duas mil latinhas por minuto. 
O quinto passo é o revestimento interno. As latinhas recebem jatos de spray especial para formar uma película de proteção extra. Depois, seguem novamente para um forno de secagem. A última etapa de fabricação é a moldagem dos "pescoços" e do perfil da borda da lata, para que a tampa possa ser encaixada. O diâmetro da boca, diminuído nos últimos anos, permite utilizar uma tampa menor. Conseqüentemente, reduz o custo da embalagem. 

Com o corpo da latinha pronto, o último passo é o controle de qualidade, feito por meio de um teste de luz de alta intensidade. Todas as latas passam por esta avaliação, que é capaz de detectar qualquer defeito. De cada lote produzido são retiradas amostras para controle estatístico de qualidade, inclusive testes mecânicos de resistência à pressão interna e externa.

Qualidade e resistência são condições essenciais de uma boa tampa, produzida com alta tecnologia e usando um sistema chamado "stay-on-tab" (anel que não se desprende da tampa). 
As tampas são estampadas a partir de uma chapa envernizada de ambos os lados. Em seguida, recebem um composto selante para garantir a perfeita vedação entre elas e os corpos. São, posteriormente, colocadas em prensa de alta precisão para formação e fixação dos anéis. Depois de prontas e inspecionadas, as tampas são embaladas para armazenagem e transporte. 


Conhecendo o material
Um quilo de latas equivale a 75 latinhas 

A lata de alumínio é usada basicamente como embalagem de bebidas. Cada brasileiro consome em média 54 latinhas por ano, volume bem inferior ao norte-americano, que é de 375. Além de reduzir o lixo que vai para os aterros a reciclagem desse material proporciona significativo ganho energético. Para reciclar uma tonelada de latas gasta-se 5% da energia necessária para produzir a mesma quantidade de alumínio pelo processo primário. Isso significa que cada latinha reciclada economiza energia elétrica equivalente ao consumo de um aparelho de TV durante três horas. A reciclagem evita a extração da bauxita, o mineral beneficiado para a fabricação da alumina, que é transformada em liga de alumínio. Cada tonelada do metal exige cinco de minério.
Qual o peso desses resíduos no lixo?
No Brasil, a lata de alumínio corresponde a menos de 1% dos resíduos urbanos. Nos EUA, essas embalagens representam cerca de 1% do lixo - 500 mil toneladas por ano.


Fontes: