terça-feira, 8 de novembro de 2016

Agenda 21 Brasileira



A Agenda 21 Brasileira é um processo e instrumento de planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável e que tem como eixo central a sustentabilidade, compatibilizando a conservação ambiental, a justiça social e o crescimento econômico. O documento é resultado de uma vasta consulta à população brasileira, sendo construída a partir das diretrizes da Agenda 21 global. Trata-se, portanto, de um instrumento fundamental para a construção da democracia participativa e da cidadania ativa no País.

A primeira fase foi a construção da Agenda 21 Brasileira. Esse processo que se deu de 1996 a 2002, foi coordenado pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS) e teve o envolvimento de cerca de 40 mil pessoas de todo o Brasil. O documento Agenda 21 Brasileira foi concluído em 2002.

A partir de 2003, a Agenda 21 Brasileira não somente entrou na fase de implementação assistida pela CPDS, como também foi elevada à condição de Programa do Plano Plurianual, (PPA 2004-2007), pelo atual governo. Como programa, ela adquire mais força política e institucional, passando a ser instrumento fundamental para a construção do Brasil Sustentável, estando coadunada com as diretrizes da política ambiental do Governo, transversalidade, desenvolvimento sustentável, fortalecimento do Sisnama e participação social e adotando referenciais importantes como a Carta da Terra.

Portanto, a Agenda 21, que tem provado ser um guia eficiente para processos de união da sociedade, compreensão dos conceitos de cidadania e de sua aplicação, é hoje um dos grandes instrumentos de formação de políticas públicas no Brasil.

Implementação da Agenda 21 brasileira (a partir de 2003)

A posse do Governo Luíz Inácio Lula da Silva coincidiu com o início da fase de implementação da Agenda 21 Brasileira. A importância da Agenda como instrumento propulsor da democracia, da participação e da ação coletiva da sociedade foi reconhecida no Programa Lula, e suas diretrizes inseridas tanto no Plano de Governo quanto em suas orientações estratégicas.

Um outro grande passo foi a utilização dos princípios e estratégias da Agenda 21 Brasileira como subsídios para a Conferência Nacional de Meio Ambiente, Conferência das Cidades e Conferência da Saúde. Esta ampla inserção da Agenda 21 remete à necessidade de se elaborar e implementar políticas públicas em cada município e em cada região brasileira.

Para isso, um dos passos fundamentais do atual governo foi transformá-la em programa no Plano Plurianual do Governo (PPA 2004/2007), o que lhe confere maior alcance, capilaridade e importância como política pública. O Programa Agenda 21 é composto por três ações estratégicas que estão sendo realizadas com a sociedade civil: implementar a Agenda 21 Brasileira; elaborar e implementar as Agendas 21 Locais e a formação continuada em Agenda 21.

A prioridade é orientar para a elaboração e implementação de Agendas 21 Locais com base nos princípios da Agenda 21 Brasileira que, em consonância com a Agenda global, reconhece a importância do nível local na concretização de políticas públicas sustentáveis. Atualmente, existem mais de 544 processos de Agenda 21 Locais em andamento no Brasil, quase três vezes o número levantado até 2002.


Em resumo, são estes os principais desafios do Programa Agenda 21:

Implementar a Agenda 21 Brasileira. Passada a etapa da elaboração, a Agenda 21 Brasileira tem agora o desafio de fazer com que todas as suas diretrizes e ações prioritárias sejam conhecidas, entendidas e transmitidas, entre outros, por meio da atuação da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 Brasileira (CPDS);implementação do Sistema da Agenda 21; mecanismos de implementação e monitoramento; integração das políticas públicas; promoção da inclusão das propostas da Agenda 21 Brasileira nos Planos das Agendas 21 Locais.

Orientar para a elaboração e implementação das Agendas 21 Locais. A Agenda 21 Local é um dos principais instrumentos para se conduzir processos de mobilização, troca de informações, geração de consensos em torno dos problemas e soluções locais e estabelecimento de prioridades para a gestão de desde um estado, município, bacia hidrográfica, unidade de conservação, até um bairro, uma escola. O processo deve ser articulado com outros projetos, programas e atividades do governo e sociedade, sendo consolidado, dentre outros, a partir do envolvimento dos agentes regionais e locais; análise, identificação e promoção de instrumentos financeiros; difusão e intercâmbio de experiências; definição de indicadores de desempenho.

Implementar a formação continuada em Agenda 21. Promover a educação para a sustentabilidade através da disseminação e intercâmbio de informações e experiências por meio de cursos, seminários, workshops e de material didático. Esta ação é fundamental para que os processos de Agendas 21 Locais ganhem um salto de qualidade, através da formulação de bases técnicas e políticas para a sua formação; trabalho conjunto com interlocutores locais; identificação das atividades, necessidades, custos, estratégias de implementação; aplicação de metodologias apropriadas, respeitando o estágio em que a Agenda 21 Local em questão está.

Agenda 21 brasileira em ação

No âmbito do Programa Agenda 21, as principais atividades realizadas em 2003 e 2004 refletem a abrangência e a capilaridade que a Agenda 21 está conquistando no Brasil. Estas atividades estão sendo desenvolvidas de forma descentralizada, buscando o fortalecimento da sociedade e do poder local e reforçando que a Agenda 21 só se realiza quando há participação das pessoas, avançando, dessa forma, na construção de uma democracia participativa no Brasil. Destacamos as seguintes atividades:

Ampliação da CPDS: Criada no âmbito da Câmara de Políticas dos Recursos Naturais, do Conselho de Governo, a nova constituição da CPDS se deu por meio de Decreto Presidencial de 03 de fevereiro de 2004. Os novos membros que incluem 15 ministérios, a Anamma e a Abema e 17 da sociedade civil tomaram posse no dia 1º. de junho de 2004. A primeira reunião da nova composição aconteceu no dia 1º de julho, e a segunda em 15 de setembro de 2004.

Realização do primeiro Encontro Nacional das Agendas 21 Locais, nos dias 07 e 08 de novembro de 2003, em Belo Horizonte, com a participação de cerca de 2.000 pessoas de todas as regiões brasileiras. O II Encontro das Agendas 21 Locais será realizado em janeiro de 2005, durante o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre-RS.

Programa de Formação em Agenda 21, voltado para a formação de cerca de 10 mil professores das escolas públicas do País que, através de cinco programas de TV, discutiram a importância de se implementar a Agenda 21 nos municípios, nas comunidades e na escola. Esse programa, veiculado pela TVE em outubro de 2003, envolveu, além dos professores, autoridades governamentais e não governamentais, e participantes dos Fóruns Locais da Agenda 21, da sociedade civil e de governos.

Participação na consolidação da Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento Sustentável e Apoio às Agendas 21 Locais. Esta frente, composta de 107 deputados federais e 26 senadores, tem como principal objetivo articular o poder legislativo brasileiro, nos níveis federal, estadual e municipal, para permitir uma maior fluência na discussão dos temas ambientais, disseminação de informações relacionadas a eles e mecanismos de comunicação com a sociedade civil.

Elaboração e monitoramento, em conjunto com o FNMA, do Edital 02/2003 - Construção de Agendas 21 Locais, que incluiu a participação ativa no processo de capacitação de gestores municipais e de ONGs, em todos os estados brasileiros, para a confecção de projetos para o edital. Ao todo foram cerca de 920 pessoas capacitadas em 25 eventos. No final do processo, em dezembro de 2003, foram aprovados, com financiamento, 64 projetos de todas as regiões brasileiras.

Publicação da Série Cadernos de Debate Agenda 21 e Sustentabilidade com o objetivo de contribuir para a discussão sobre os caminhos do desenvolvimento sustentável no País. São seis os Cadernos publicados até o presente: Agenda 21 e a Sustentabilidade das Cidades; Agenda 21: Um Novo Modelo de Civilização; Uma Nova Agenda para a Amazônia; Mata Atlântica o Futuro é Agora; Agenda 21 e o Setor Mineral; Agenda 21, o Semi-Árido e a Luta contra a Desertificação.

Publicação de mil exemplares da segunda edição da Agenda 21 Brasileira: Ações Prioritárias e Resultado da Consulta Nacional, contendo apresentação da Ministra Marina Silva e a nova composição da CPDS.

Ainda, foram efetivadas parcerias e convênios com o Ministério da Educação, Ministério da Saúde, Ministério das Cidades, Ministério da Cultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério da Integração Nacional, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Ministério de Minas e Energia; Fórum Brasileiro das ONGs para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento; Confea/CREA, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e prefeituras brasileiras.

Fonte: http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-brasileira

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Entenda os três pilares da sustentabilidade



É comum surgir, de tempos em tempos, novos paradigmas no mundo corporativo que acabam alterando significativamente a maneira como as empresas se posicionam perante seus públicos e a sociedade em geral.
Houve épocas em que a relação produção versus tempo era o atributo de destaque entre os concorrentes. Surgiu, posteriormente, a necessidade de humanização das marcas, dando uma maior importância à imagem e à relação com seus consumidores.

De alguns anos para cá, parece que a menina dos olhos das empresas tem sido a tal da sustentabilidade. E, desde então, observa-se o esforço incansável das organizações na promoção de ações e divulgação dessa poderosa palavra em anúncios, logomarcas, propagandas e embalagens de todos os produtos possíveis.

Mas, afinal, o que é sustentabilidade? Você também já se viu com essa dúvida? Então confira nosso post e entenda exatamente do que se trata esse tão difundido conceito:
A confusão de conceitos
Durante muito tempo se acreditou, erroneamente, que a sustentabilidade estaria diretamente relacionada ao meio ambiente. Seguindo esse princípio, as empresas começaram a fomentar projetos de preservação da flora e da fauna, de reflorestamento, de proteção a espécies ameaçadas de extinção, dentre outras ações pontuais que, por mais que sejam válidas, não representam, em si, o conceito mais amplo do desenvolvimento sustentável.
Os três pilares

Atualmente, essa ideia é dividida em três principais pilares: social, econômico e ambiental. Para se desenvolver de forma sustentável, uma empresa deve atuar de forma que esses três pilares coexistam e interajam entre si de forma plenamente harmoniosa.
Para existir sustentabilidade empresarial, ela precisa de três pilares — que se baseiam em práticas consideradas ideais para a preservação do meio ambiente, uso de materiais renováveis e redução do desperdício. Esses três pilares dependem um do outro e devem interagir entre si de maneira harmoniosa. Saiba quais são eles a seguir:

Os três pilares da sustentabilidade empresarial

Pilar ambiental
Refere-se à preservação ambiental e dos recursos naturais, além da redução do desperdício de materiais. Para amenizar os impactos ambientais negativos, a empresa deve implementar maneiras de evitá-los ou compensá-los. Por exemplo, criar projetos que tenham impacto ambiental menor, investir em alternativas saudáveis de acordo com a região e medir a quantidade de carbono emitido pelos seus processos produtivos, adequando-se às normas vigentes.

Pilar social
Diz respeito ao capital humano relacionado às atividades do empreendimento, incluindo a comunidade, o público-alvo, os fornecedores e a sociedade em geral. Compreende salários adequados à legislação trabalhista, ao bem-estar e à saúde dos funcionários e de suas famílias, bem como o desenvolvimento pessoal e coletivo. As empresas devem analisar como suas atividades interferem nas comunidades, avaliando inclusive características sociais como educação, lazer e segurança.

Pilar econômico
Inclui assuntos referentes à produção, distribuição e consumo de bens e serviços, considerando os pilares ambiental e social. Pressupõe-se que, para haver sustentabilidade, a empresa não pode lucrar ao mesmo tempo em que devasta o meio ambiente ou proporciona más condições de trabalho aos seus funcionários. Outro quesito importante é a competitividade justa com os concorrentes no mercado.
FONTE:http://www.fragmaq.com.br/blog/conheca-sao-3-pilares-sustentabilidade-empresarial/

domingo, 9 de outubro de 2016

Significado de Sustentabilidade

A sustentabilidade possibilitará, àTerra, continuar suportando a vida humana.

O que é Sustentabilidade:
Sustentabilidade é dar suporte a alguma condição, a algo ou alguém em algum professo ou tarefa. Atualmente, o termo é bastante utilizado para designar o bom uso dos recursos naturais da Terra, como a água, as florestas e etc.
Etimologicamente, a palavra sustentável tem origem no latim "sustentare" , que significa sustentarapoiar conservar. O conceito de sustentabilidade está normalmente relacionado com umamentalidade, atitude ou estratégia que éecologicamente correta, e viável no âmbito econômico, socialmente justa e com uma diversificação cultural.
Atualmente, a sustentabilidade virou um tema essencial, e é utilizado para chamar diversos produtos e serviços, por exemplo, existem carros com conceito de sustentabilidade, prédios, empreendimentos, e até mesmo roupas.
É um conceito muito explorado pelas empresas para mostrar que o produto foi fabricado sem danificar ou prejudicar o meio ambiente, sendo classificado como ecologicamente correto, não poluente e etc. 
Existem diversos conceitos ligados a sustentabilidade, como ocrescimento sustentado, que é um crescimento na economia constante e seguro; e a gestão sustentável, que é dirigir uma organização valorizando todos os fatores que a englobam, é essencialmente ligado ao meio ambiente.

Vários desses conceitos incluem as palavras "sustentável" ou "sustentado", sendo que a diferença entre os dois termos é que o "sustentável" indica que há a possibilidade de sustentação, enquanto que o termo "sustentado" expressa que essa sustentação já foi alcançada.
A é sustentabilidade, conceito, desenvolvimento sustentável, gestão sustentável, meio ambiente, ações
Conceito de sustentabilidade 

Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.

Ações relacionadas a sustentabilidade

- Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário. 

- Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.

- Ações que visem o incentivo à produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;

- Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento.

- Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.

- Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.

- Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.

- Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.

Benefícios

A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.

Sustentabilidade: desenvolvimento presente garantindo o futuro das próximas gerações.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Empresas tratam esgoto e conseguem reutilizar a água

Estratégia é barata e ajudou empresas no período de seca do Sudeste.
Shopping em SP economizou ao tratar o esgoto de todos os sanitários.

Para enfrentar a seca no Sudeste, algumas empresas desenvolveram uma estratégia de baixo custo: tratar o próprio esgoto e reutilizar a água.
A água de reuso já é um bom negócio, especialmente em São Paulo, castigada por uma das piores estiagens da história. É o caso de uma locadora de roupas e toalhas para salões de beleza, onde lavam-se 2 milhões de peças por mês. Para isso, é preciso muita água: 20 mil litros por dia. A solução foi reaproveit ar a água despejada pelas máquinas.
No espaço pequenininho nos fundos da empresa, com apenas 7 metros quadrados, é suficiente para abrigar uma miniestação completa de tratamento de esgotos.
A água ensaboada da lavanderia é filtrada e se transforma em água de reuso. Essa é a etapa final do tratamento. A água é devolvida às máquinas de lavagem, com menos custo e menos desperdício para a empresa. O investimento foi de R$ 80 mil. A água reutilizada aliviou as contas da empresa.
“Eu gastava uma média de R$ 8 mil por mês para a manutenção da minha água e hoje eu estou gastando entre os produtos químicos, o tratamento, eu estou gastando R$ 3 mil. Então, se você fizer um cálculo bem rápido, eu estou levando uma vantagem de R$ 5 mil por mês”, conta Adolfo Buttler, dono da lavanderia.

Uma parte importante do processo de tratamento de esgoto dentro da empresa é o lodo residual, que é aquilo que é retido pelos filtros e tem uma cor acinzentada. O lodo do afluente de tratamento em estado semi-sólido tem uma porcentagem significativa de água. Não é um resíduo perigoso.
Quando esse resíduo está seco, como ele tem 90% de algodão, pode servir como biomassa e pode ser agregado com artefatos da construção civil fazendo um tijolo ecológico, que é uma das alternativas que eles buscam.

Há sete anos um shopping em São Paulo começou a transformar a água o esgoto que vem dos sanitários e  da praça de alimentação. Resultado: a conta de água, que era de R$ 80 mil por mês, caiu para R$ 20 mil. Até o momento já foi possível economizar R$ 2,5 milhões.
"Esse sistema me permite eu consumir 30% a menos de água da rede pública reutilizando a água que tenho aqui internamente no shopping e que normalmente seria descartada", diz Ricardo Gonçalves Omar, gerente de operações do shopping.
No resultado final do tratamento na microestação, a água que é reutilizada no shopping tem uma coloração meio amarelada. Mas, para evitar o risco de algum cliente ou funcionário fazer uso dessa água como água potável, eles têm o cuidado de misturar um corante da cor azul para que o resultado final fique com a coloração meio azul esverdeada que a água de reúso que circula pelo shopping.
Ninguém estranha o uso dessa água na limpeza do shopping, nos equipamentos ou no ar condicionado. Mas, e nos banheiros? 
"Estranhei até o momento em que eu tive que fazer o trabalho da escola que eu descobri o porquê que era daquela cor. Sobre o reúso da água. Eu fiz sobre o shopping e levei uma nota muito boa por isso", afirma a balconista Cristina Domingues.
Uma fábrica de remédios em Itapevi, na Grande São Paulo, produz 9 milhões de litros da água de reúso por mês. O que não é usado na indústria é doado para a prefeitura local para limpar ruas e regar canteiros.
"Nós disponibilizamos durante um ano cerca de 220 mil litros de água e esse recurso nós temos a intenção de aumentar gradativamente conforme nós aumentarmos o volume nosso de tratamento", explica Isamara Garcia Freitas, gerente de gestão ambiental.
Na coluna Sustentável, já foi mostrado o maior projeto de água de reuso da América Latina. É o Projeto Aquapolo, uma parceria da Sabesp, a companhia de águas e esgoto de São Paulo com a iniciativa privada, que distribui água de reuso para 10 fábricas da região do ABC.
A economia de água potável equivale ao consumo diário de uma cidade com 500 mil habitantes. E poderia ser maior. O Aquapolo tem capacidade de produzir 1.000 litros por segundo de água de reúso, mas só entrega 650 mil porque faltam interessados.
Um outro problema, segundo os técnicos do setor, é que as leis não são suficientemente claras no Brasil quando o assunto é água de reúso.
 "No Brasil, a legislação não é específica para reúso, ao contrário de outros países do mundo que praticam isso há muito tempo e têm legislações específicas que criam parâmetros que dão ordem como fazer isso atribuindo responsabilidades, dão segurança às áreas executivas para que elas possam agir", diz Paulo Nobre, superintendente de tratamento de esgoto da Região Metropolitana da Sabesp.
Hoje, menos de 0,1% da água produzida no país é de reúso. Em Cingapura, por exemplo, o percentual de água reciclada chega a 30%. Para Luciano Borges, especialista da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), quando água de reúso vira política pública, os resultados aparecem rápido.
"Israel consegue utilizar 70% do esgoto tratado, o sul da Europa, cerca de 40 a 50%. O mesmo número alcançado em alguns estados americanos", aponta Luciano Borges, professor de engenharia química da Coppe/UFRJ.
No Brasil, até as comunidades rurais poderiam ser beneficiadas com a água de reúso. Pelas contas da Ana (Agência Nacional de Águas), com o esgoto tratado de uma cidadezinha de 20 mil habitantes seria possível assegurar água para irrigar uma área equivalente a 60 campos de futebol.    
Evitar o desperdício de água não é o suficiente. O Brasil precisa fazer muito mais para evitar falta d'água e prestar mais atenção na riqueza escondida nos esgotos.
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2014/09/empresas-tratam-esgoto-e-conseguem-reutilizar-agua.html

 

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Dia da Amazônia


Próximo Dia da Amazônia  5 de Setembro de 2016 (Segunda-feira)


O Dia da Amazônia é celebrado anualmente em 5 de setembro.
Esta data foi criada com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a importância da maior floresta tropical do mundo e da sua biodiversidade para o planeta.
A data escolhida faz referência ao dia 5 de setembro de 1850, quando o Príncipe D. Pedro II decretou a criação da Província do Amazonas (atual Estado do Amazonas).
Não há muitos motivos para comemoração e sim para preocupação. A floresta amazônica atualmente está ameaçada pelos constantes desmatamentos ilegais, afetando diretamente a fauna e a flora da região, causando desequilíbrios e crises ambientais a nível global.


Dados Importantes sobre a Amazônia
Com uma area de aproximadamente 5,5 milhões de quilômetros apenas de floresta, a Amazônia está presente em 8 estados brasileiros: Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Tocantins e parte do Maranhão e Mato Grosso.
Na América do Sul, compreende os seguintes países: Suriname, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Venezuela, Colômbia, Peru e Equador.
O clima na região amazônica é predominantemente equatorial/quente e úmido.
Outro recorde da Amazônia é a sua bacia hidrográfica. Com cerca de 7 milhões de quilômetros de extensão, os principais rios da região são: Amazonas (maior do mundo em extensão), Negro, Trobetas, Japurá, Madeira, Xingu, Tapajós, Purus e Juruá (todos afluentes do Rio Amazonas).