terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O Brasil pede água

O país tem chuvas abundantes, os maiores rios do mundo, a maior quantidade de mananciais do mundo, litoral extenso – e vive sob o espectro de falta de água e energia. O que fazer para sair dessa?

MARCOS CORONATO E ALINE IMERCIO, COM FELIPE GERMANO

21/03/2014 21h58 - Atualizado em 03/04/2014 12h54

Imagine um futuro assim: em 2044, o Brasil celebra uma nova redução no número de mananciais poluídos. A grande seca que afetou o Sudeste entre 2013 e 2016 mudou para sempre as políticas públicas. A cada eleição, os candidatos debatem como cuidarão da água. Há anos, avançam por todo o país projetos de despoluição de rios, lagos e represas, assim como o reflorestamento de suas margens. Os depósitos subterrâneos estão protegidos. Quase toda a população conta com água limpa e serviço de saneamento. Não há mais paranoia a respeito dos perigos de exportar água. Como cuida bem de seus mananciais, o país tem água mais que suficiente para produzir a carne, os grãos e as frutas que vende ao mundo. Estudos internacionais confirmam: ao fazer isso, o Brasil beneficia o meio ambiente global e os próprios brasileiros. A exportação evita que países mais pobres em água esgotem seus poucos mananciais. Em paz e alimentadas, nações mais ameaçadas por secas fecham acordos e investem em tecnologia. Conseguem baratear cada vez mais a dessalinização da água do mar. Vários países africanos em rápido desenvolvimento se beneficiam desse avanço.

Agora, imagine outro futuro.

Em 2044, o Brasil lamenta um novo aumento no número de mananciais poluídos. Mais de dois terços dos rios, lagos e represas têm agora água ruim ou péssima, que exige tratamento caro e demorado antes de ser usada. Governo, empresas e cidadãos se ressentem dos erros de décadas. O país se tornou um pesadelo de favelas sem saneamento, reservatórios contaminados e água cara demais. O sistema de represas da Cantareira, em São Paulo, nunca se recuperou da grande seca de 2013 a 2016. Por causa das críticas da sociedade e da atuação de políticos e da Justiça, torna-se difícil destinar mais água à produção agrícola. E mais difícil ainda exportar essa água sob a forma de carne, grãos e frutas. Esse medo encontra eco na situação global. Na Ásia e na África, nações trocam ameaças e se engalfinham em guerras por causa de mananciais cada vez mais ressequidos.
Ambos os futuros, neste momento, são igualmente possíveis. O Brasil é uma potência da água. Não precisa sustentar nem 3% da população mundial, mas abriga 12% da água doce disponível no globo. Essa parcela aumenta para 18%, se contarmos a água que flui dos países vizinhos para o território nacional. Como um país desses pode comemorar o Dia da Água (22 de março) mergulhado numa crise energética e à beira do racionamento nas torneiras? A resposta está no mau uso do recurso.
Emergência líquida (Foto: Ilustração: Pedro Schimidt )
Nossa crise energética mostra isso. As usinas hidrelétricas respondem pela maior parte da geração de energia no país. Para funcionar, elas dependem de nascentes, rios, lagos e represas bem protegidos por vegetação. Sem a cobertura vegetal a seu redor, sofrem mais com seca e a deposição de sedimentos no fundo, conhecida como assoreamento. O consumo de água e energia cresce continuamente no país, e há grande chance de o padrão climático mudar nas próximas décadas – provavelmente, com mais eventos extremos. É o que dirá o IPCC, painel da ONU sobre mudanças climáticas que lançará seu relatório final no dia 29. Por isso, os sistemas que garantem esses serviços públicos deveriam se tornar mais robustos, a fim de aguentar tanto fases de chuvas torrenciais quanto secas prolongadas.

Não é o que ocorre. O sistema hidrelétrico brasileiro já foi capaz de suportar mais de um ano sem chuva sobre os reservatórios. Essa tolerância está em menos de cinco meses hoje e tende a diminuir nos próximos anos. O problema se agravou com a onda de usinas construídas nos últimos anos, com projetos chamados tecnicamente de “a fio d’água”. Elas dispensam a construção de grandes barragens e reservatórios e tendem a provocar menor oposição social e ambiental. Mas são mais vulneráveis a secas e geram menos energia. Com a seca que atingiu nos últimos meses o Sul e o Sudeste, maiores geradores de energia, nossas reservas baixaram. Reduzir o preço da energia no Brasil é uma causa justa. Mas, por razões políticas, o governo federal não promoveu um esforço de economia de energia. Apenas subsidiou o barateamento da conta de luz e estimulou mais consumo. Desabastecido, o país é obrigado a ligar mais termelétricas a gás, óleo combustível e até carvão. Elas são mais caras e poluidoras.

A seca também expôs, com o chão rachado do fundo dos reservatórios, nossa incapacidade para abastecer as torneiras da população. O problema é mais agudo em São Paulo pela redução no volume de água no Sistema Cantareira, um complexo formado por seis represas, responsável pelo abastecimento de quase 9 milhões de pessoas em 11 cidades, incluindo a capital paulista. A área de captação dos reservatórios enfrenta a maior estiagem desde que começaram as medições, em 1930. Por razões políticas, o governo do Estado adiou as campanhas e medidas para economizar água.

Nas últimas semanas, o nível de água  no Sistema Cantareira caiu abaixo dos 15% do limite máximo. A esta altura do verão passado, o nível chegava a 59%, segundo a Sabesp, empresa que administra o sistema. “Nesse ritmo, o sistema corre um sério risco de secar. Se isso acontecer, a Cantareira poderá demorar até dez anos para encher novamente”, diz Alexandre Vilela, gerente técnico do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Cidades como São Paulo, Guarulhos, Valinhos, Campinas e Itu já preveem racionamento ou já fazem rodízio de abastecimento entre os bairros. O risco da seca levou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a fazer um pedido incomum à presidente Dilma Rousseff. Alckmin pediu que águas do Rio Paraíba do Sul, que abastece regiões do Rio de Janeiro e do Vale do Paraíba, fossem despejadas no Sistema Cantareira. Trata-se de um pedido emergencial delicado, por envolver o compartilhamento de água entre sistemas em Estados diferentes, administrados por empresas diferentes. Até o fechamento desta edição, não havia um cenário claro sobre a posição dos governos federal e fluminense a respeito.
Sem água, ficamos também sem energia (Foto: reprodução)
A seca em São Paulo veio unir-se a problemas crônicos do Brasil. Alguns são naturais, como a falta d’água em Estados com áreas semiáridas, como Ceará, Piauí, Paraíba, Alagoas, Bahia, Rio Grande do Norte e parte de Minas Gerais. Outros problemas não são tão naturais, como a contaminação dos rios usados para o abastecimento, resultado da falta de tratamento de esgoto e saneamento básico. Na região Norte, somente 13% dos domicílios têm acesso a rede coletora de esgoto.  A situação é crítica. No Pará, a falta de saneamento multiplica, talvez por dez, a incidência de doenças”, afirma Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil, uma organização dedicada a promover o saneamento. Essa situação é mais crítica no Norte, mas o problema está disseminado pelo país, incluindo as capitais mais ricas. Num ranking de saneamento calculado pelo Banco Mundial, o Brasil fica num vergonhoso 112º lugar entre 200 nações.
Uma pesquisa da Agência Nacional de Águas (ANA) feita no ano passado encontrou água “ruim” ou “péssima” em 44% dos pontos de coleta em cidades no país. Tratá-la e torná-la adequada ao consumo fica mais caro e demorado, quando não inviável. Ela está contaminada principalmente com esgoto doméstico, consequência previsível das estatísticas: quatro em cada dez moradores das cidades brasileiras não contam com saneamento básico (fora das cidades, a situação é ainda pior – mais da metade dos brasileiros não tem saneamento).
O Instituto Trata Brasil calcula que, se toda a população recebesse serviço de esgoto, haveria efeitos mensuráveis não só de corte da poluição que chega aos mananciais, mas também de redução nas mortes por doenças gastrintestinais, queda nas faltas ao trabalho no país todo e até melhoras nos resultados escolares dos estudantes. “Resolver os problemas nos serviços de água e esgoto no Brasil não exige adotar ou criar tecnologia nova. É só usar o que já existe e administrar o sistema”, diz Rubem La Laina Porto, professor na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e especialista em recursos hídricos.
Parte da solução para esses problemas tem de vir dos governos. O governo federal apresentou, em 2013, um novo Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab). Tem a pretensão de ser um guia de longo prazo para o setor, um mapa para a universalização dos serviços de água e esgoto até 2033. Como guia, ele já nasce velho. O Plansab foi assentado sobre premissas otimistas demais. Dos três cenários apresentados, mesmo o mais pessimista supõe que o Brasil, nos 20 anos à frente, crescerá 3% ao ano e que o governo conseguirá investir de forma crescente em projetos de infraestrutura com boa qualidade, com execução competente, capaz de respeitar prazos.
No momento, nada disso corresponde à realidade. O país cresce menos que o necessário, o governo investe de forma irregular, e os projetos desandam por não haver, no setor público, administradores capazes o bastante. Mesmo assim, o Plansab serve como referência do que precisa ser feito. Ele prevê uma necessidade de investimentos de R$ 508 bilhões ao longo de 20 anos. Ao governo federal, caberiam investimentos a partir de R$ 13,5 bilhões por ano (a média de 2011 a 2013 foi de R$ 8,2 bilhões por ano). Mas planejar e investir em grandes obras não é a única forma de os governos federal, estaduais e municipais combaterem os problemas.
Governos têm papel fundamental para criar um ambiente de normas que incentivem o bom uso da água e a difusão dos serviços de esgoto. Isso inclui atrair empresas dispostas a investir no setor – num péssimo sinal, o Plansab coloca a maior participação do setor privado como um elemento de seu cenário mais pessimista. Inclui também fazer campanhas educativas contra o desperdício de água e definir tarifas que desincentivem os perdulários e premiem os poupadores. Cabe aos governos fiscalizar e punir rigorosamente poluidores, desmatadores, ocupantes irregulares de margens de mananciais e ladrões de água. Por fim, os governos deveriam cobrar padrões mais rigorosos na construção civil. A expansão imobiliária dos últimos anos foi uma imensa chance desperdiçada. Por todo o país, admitiu-se a construção de edifícios com tecnologia e concepções ultrapassadas, devoradores de água e energia, que em pouco ou nada contribuíram para levar, ao seu entorno, mais verde e mais terreno permeável.
O poder público deveria avaliar iniciativas como a do Green Building Council (GBC, ou Conselho de Construção Verde), uma entidade privada e multinacional que atesta a responsabilidade ambiental de novos empreendimentos. O GBC Brasil trabalha com uma certificação internacional já bem conhecida, a LEED, para todo tipo de edificação. E elabora uma outra, nacional, chamada Referencial Casa, apenas para projetos residenciais. Ela é testada em nove projetos e deverá ficar pronta em maio. O Referencial deverá incentivar construções com instalações (chuveiros, torneiras, descargas, medidores) que reduzam o desperdício de água. O LEED, em suas versões anteriores, dava prioridade à economia de energia e deixava a água em segundo plano. Tende a ficar mais equilibrado. “Na versão quatro, que passou a valer no ano passado, o tema água é o que mais ganhou importância”, diz Felipe Faria, diretor do GBC Brasil. Trata-se de uma iniciativa valiosa, mas ainda com pouco efeito sobre as cidades brasileiras. Há apenas 140 prédios certificados no país, todos projetados para gastar de 30% a 50% menos água que o usual em projetos do mesmo porte.
Soluções de um único tipo não resolverão problemas tão complexos. Outro caso exemplar no país é o Projeto Oásis, criado em 2006 pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. O projeto prevê pagamentos a proprietários de terras que preservem a vegetação em torno de nascentes. A ação se dá por meio de parcerias da Fundação com outras organizações, como prefeituras, ONGs e empresas. Os parceiros fiscalizam semestralmente a conservação da área. A Fundação remunera 228 proprietários, donos de mais de 2.000 hectares, que abrigam mais de 700 nascentes. Precisamos de cada uma delas.


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Vai faltar água

Crise da água em São Paulo: Quanto falta para o desastre?
O que acontecerá com as torneiras de São Paulo – e o que ensina a pior crise de água da maior metrópole do país

16/07/2007 - 07h00 - Atualizado 16/07/2014 14h49

Verão de 2015. As filas para pegar água se espalham por vários bairros. Famílias carregam baldes e aguardam a chegada dos caminhões-pipa. Nos canos e nas torneiras, nem uma gota. O rodízio no abastecimento força lugares com grandes aglomerações, como shopping centers e faculdades, a fechar. As chuvas abundantes da estação não vieram, as obras em andamento tardarão a ter efeito e o desperdício continuou alto. Por isso, São Paulo e várias cidades vizinhas, que formam a maior região metropolitana do país, entram na mais grave crise de falta d’água da história.
A cena não é um pesadelo distante. Trata-se de um cenário pessimista, mas possível, para o que ocorrerá a partir de novembro. Moradores de São Paulo sentem, hoje, o que já sofreram em anos anteriores cidadãos castigados pela seca em Estados tão distantes quanto Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Pernambuco. A mistura de falta de planejamento, administração ruim, eventos climáticos extremos e consumo excessivo ameaça o fornecimento de água em cidades pelo Brasil todo. O episódio ensina lições aos governos. E exige respostas para perguntas que todo cidadão deve fazer a si mesmo e aos candidatos nas próximas eleições.
COMO A CRISE SURGIU?
A crise em São Paulo é, em parte, consequência da falta de água nas cabeceiras de rios que abastecem o Sistema Cantareira. Trata-se de um conjunto de represas responsável por abastecer 9 milhões de habitantes na Grande São Paulo. Todo esse sistema depende das chuvas do verão. Em anos normais, nos meses secos e frios, de junho a agosto, a precipitação é de menos de 150 milímetros. Isso é, normalmente, compensado no primeiro trimestre, que soma cerca de 600 milímetros. Desde o ano passado, as chuvas não vêm no volume esperado. “A maioria dos meses de 2013 já havia registrado níveis de pluviosidade abaixo da média dos últimos 30 anos”, diz o meteorologista Marcelo Shneider, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). “A situação ficou pior a partir de outubro e novembro. Foi um clima anômalo em todo o Sudeste, não apenas na Cantareira.” Nos três primeiros meses de 2014, em vez dos esperados 600 milímetros, caíram menos de 300 milímetros.
O governo estadual põe a culpa na falta de chuva, mas ela não explica a história sozinha. A estiagem deste ano apenas tornou evidente quanto o sistema é frágil e quão escassa a água é, mesmo num país tropical. O Sistema Cantareira existe desde a década de 1970. Ele retira água das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Em 2004, a Sabesp (empresa de abastecimento da capital e de outras cidades) fez obras, aumentou o volume do Sistema Cantareira e renovou sua autorização para administrá-lo. O governo estadual permitiu a retirada de 36.000 litros de água por segundo, a maior parte destinada à Grande São Paulo. Esse volume de extração, segundo Antonio Carlos Zuffo, hidrólogo da Unicamp, supera o recomendável para a capacidade das represas. “Quando a outorga foi renovada, o governo subiu o volume de litros que poderia ser retirado com a condição de que fossem feitas mais obras para aumentar a capacidade de armazenamento das represas. E elas não ocorreram no ritmo previsto”, afirma.
A renovação da outorga previa a revisão de estudos hidrológicos, a criação de um plano de contingência para situações emergenciais e ações para reduzir a dependência que São Paulo tem do Sistema Cantareira. Nem todas as ações planejadas foram colocadas em prática. O problema chamou a atenção do Ministério Público. A promotora Alexandra Martins acredita que o poder público não deu a devida atenção ao caso. “Detectamos uma série de problemas no cálculo da destinação de água a cada área. A população cresceu muito e o volume não foi ampliado nos últimos 30 anos”, diz. Questionada por ÉPOCA, a Sabesp respondeu que fez as obras necessárias.

LIÇÃO: não permitir que as obras parem. Para financiá-las, muitos países definem multas para quem polui ou consome em excesso. A Sabesp defende a isenção de impostos para empresas que invistam na manutenção e expansão do sistema de abastecimento. Parcerias público-privadas podem ser usadas para obras de esgoto e fornecimento de água.

COMO A CRISE PODERIA SER EVITADA?
São Paulo já passou por momentos climáticos extremos antes. Em 2004, o nível do reservatório do Sistema Cantareira ficou abaixo dos 30%. A Sabesp iniciou então um racionamento de água por rodízio de bairros. Fez obras para acessar o que era, até aquele momento, uma reserva de emergência. Trata-se da água que fica abaixo do ponto de captação nos reservatórios, conhecido pelo termo “volume morto”. Nos anos seguintes, por sorte, os reservatórios voltaram a encher.
Em 2011, experimentamos o extremo oposto. Fortes chuvas atingiram a região. As comportas dos reservatórios precisaram ser abertas para liberar o excesso de água. “Havia um nível superior a 100% no sistema, algo nunca antes registrado”, diz Francisco Lahóz, secretário executivo do consórcio PCJ (Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí).
LIÇÃO: não podemos mais desperdiçar chuvas como em 2011. As represas devem ser capazes de armazenar mais água nos anos de abundância. Os sistemas devem prever alternâncias mais extremas de chuvas e secas. Construtoras, fábricas e grandes edifícios têm de adotar coleta da água da chuva.
COMO ENFRENTAMOS A ESCASSEZ?
O consórcio de águas PCJ escreveu os “25 mandamentos da estiagem”, em fevereiro. O documento vem inspirando medidas de reação à seca. Duas cidades, Valinhos e Vinhedos, decretaram racionamento. As regiões de Campinas e Americana adotaram multas para os gastadores. Prefeituras têm cadastrado os caminhões-pipa.  “São Paulo ainda tem outras opções de reservatórios, caso o volume morto do Cantareira seque. A região do PCJ não tem”, diz Lahóz.
Em São Paulo, a Sabesp tomou quatro medidas emergenciais para evitar o racionamento: redução de tarifa para quem reduzir em 20% o consumo; obras que trazem águas de outras represas (do Sistema Alto Tietê e de Guarapiranga); a instalação de 17 bombas flutuantes, que extraem água do volume morto; e uma campanha nas rádios e TVs, para convencer a população a economizar água. A quantidade de água retirada dos reservatórios do Sistema Cantareira caiu de 31.000 litros de água por segundo, antes da crise, para 23.000 litros por segundo, em maio. De acordo com Ivanildo Hespanhol, diretor do Centro Internacional de Referência em Reúso da Água, as medidas emergenciais são boas, mas insuficientes para lidar com o problema no longo prazo.
LIÇÃO: crises de abastecimento de água envolvem várias cidades. Elas ocorrerão. Os comitês de gestão de bacias têm de funcionar de verdade. O “empréstimo” de água entre Estados, como o solicitado por São Paulo ao Rio em abril, tem de ser regulamentado. O Estado doador deve ser compensado.
Marcas da seca pelo Brasil (Foto: Reprodução)
O QUE ACONTECERÁ?
Os modelos de meteorologia não conseguem mostrar, com precisão, como será o próximo verão nas nascentes do Sistema Cantareira. O mais provável, pelos dados atuais, é que chova algo abaixo da média. Nesse cenário, o volume de água das represas se recupera um pouco, mas não passa dos 40%. Isso evitará a situação de emergência no próximo verão, mas não afastará o problema para os anos seguintes. A Sabesp precisará, portanto, manter os bônus para quem economizar água e talvez aplicar multas a quem desperdiçar. Há também cenários otimistas. A formação de um El Niño – um aquecimento cíclico das águas do Oceano Pacífico com efeitos no mundo todo – poderia trazer mais chuvas para a região. Isso já aconteceu no El Niño de 1982-1983. Mas é pequena a chance de isso se repetir. Segundo Zuffo, da Unicamp, o Sistema Cantareira tem condições de se recuperar da seca prolongada se o regime de chuvas normalizar nos próximos cinco a dez anos. “Se chover, e se o consumo não for maior do que o sistema aguenta, os reservatórios conseguem se recuperar a uma taxa de 10% a 20% ao ano”, diz. “Se não chover, o abastecimento será comprometido. Enfrentamos um risco grande.” E mais: no ritmo atual, em 30 anos São Paulo precisará de mais 25.000 litros de água por segundo – praticamente um novo Sistema Cantareira.
LIÇÃO: as autoridades podem tornar o consumo mais racional por meio de campanhas. É recomendável dar bônus e descontos que compensem a compra de equipamentos que economizem água. A conta d’água pode também mostrar aos perdulários que eles gastam mais que a média das famílias da mesma área ou do mesmo tamanho.
fonte:www.epoca.com.br

terça-feira, 10 de novembro de 2015

REUSO DA ÁGUA (CONTINUAÇÃO)


Os tipos de processo

A título de informação, são três os sistemas de reúso e aproveitamento de águas inerentes aos nossos processos: sistemas de aproveitamento das águas pluviais (AAP), reciclagem das águas cinza (RAC), recuperação das águas residuárias (RAR) e seus respectivos processos nas edificações. Em geral, os sistemas de reúso de água realizam o tratamento de águas menos nobres para o seu reaproveitamento para fins não-potáveis, tais como irrigação, lavagem e limpeza, e descarga sanitária dentre outros.
Água cinza: efluente que não possui contribuição da bacia sanitária (esgoto primário) e da pia de cozinha (gordura), ou seja, o esgoto gerado pelo uso de banheiras, chuveiros, lavatórios, máquinas de lavar roupa e tanques em residências, escritórios comerciais, escolas etc.
É importante destacar mais uma vez a nossa preocupação com a gestão dos recursos hídricos na edificação e assim promover a redução no consumo predial de água potável, o que será extremamente necessário para enfrentar uma possível escassez de água no futuro dentro do contexto do nosso município.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Por que reciclar água?






Embora o Brasil possua 12% da água doce disponível no planeta, a oferta não é uniforme no território nacional. A maior parcela dos recursos hídricos encontra-se na Região Norte, distante dos centros urbanos onde se concentra a maioria da população brasileira e que estão, historicamente, localizados na faixa litorânea. Já não é incomum a falta de água nas grandes cidades, pela conjugação de fatores tais como o consumo intensivo e a baixa disponibilidade hídrica, devida entre outras causas, à poluição dos mananciais.
A preocupação atual sobre a crise financeira, os aumentos de preços como dos alimentos e petróleo, colocam temporariamente na sombra outra escassez global: qual seja a água.
Um atlas a ser lançado pelo governo federal aponta que mais da metade dos municípios brasileiros pode ter problemas de abastecimento de água até 2015.
De acordo com a obra, produzida pela Agência Nacional de Águas, subordinada ao Ministério do Meio Ambiente, 55% dos 5.565 municípios do país podem sofrer desabastecimento nos próximos quatro anos. O número equivale a 73% da demanda de água no país.
A ONU prevê que até 2025, dois terços da população irão sofrer com a escassez de água, submetendo 1.8 bilhões de pessoas a uma escassez grave que afetará negativamente em suas vidas e nos seus meios de subsistência.
De acordo com o Programa de Avaliação da Água da ONU, até 2050, cerca de sete bilhões de pessoas em 60 países poderão ter que lidar com a escassez de água.
No Fórum Econômico Mundial do ano passado, o Secretário Geral da ONU Ban Ki-moon recomendou que a escassez de água devesse ficar no topo da agenda internacional, disse: “Conforme a economia global cresce, assim também será a sua sede”, advertindo sobre um futuro marcado por conflitos por água.
Não há nenhuma dúvida que precisamos repensar como nós iremos utilizar a água, especialmente com uma população que cresce rapidamente e o aquecimento global que poderá produzir padrões imprevisíveis de chuva e estiagem.
O atlas usa uma projeção de que o país terá um incremento demográfico de aproximadamente 45 milhões de habitantes entre 2005 e 2025. Isso implica num considerável aumento da demanda de abastecimento urbano, exigindo aportes adicionais de 137 mil litros por segundo de água nesses 20 anos, conclui a ANA.
Pesquisas sugerem que a situação pode não ser tão pessimista quanto muitos sugerem e as nações podem prosperar com quantidades surpreendentemente baixas de água doce – desde que adotem tecnologias eficientes no trato com a água e incentivem a atividade econômica a não consumir água em demasia. Acredito que a crise de água que se vislumbra é basicamente um problema mais de distribuição e de gerência, do que de fornecimento e poderemos resolvê-la com as tecnologias existentes, com aumento de investimento e com vontade política.
“A maioria dos municípios brasileiros apresenta algum grau de comprometimento da qualidade das águas dos mananciais, exigindo aportes de investimentos na proteção das captações. Desse modo, foram recomendados no atlas R$ 47,8 bilhões de investimentos em coleta e tratamento de esgotos nos municípios localizados à montante (rio acima) das captações com indicativosde poluição hídrica”, diz o livro.
O problema da escassez de água no Brasil e no mundo é real e, com raras exceções, não tem sido devidamente considerado… sendo muito mais sério do que pode imaginar um cidadão comum, não iniciado nos problemas hidrológicos.
Muitos rios estão no limite da vazão social e ecológica… e não está se falando do nordeste brasileiro, muito menos do semi-árido!

Um dos exemplos mais significativos é ter-se, numa região de boa precipitação, como é a bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba, Capivari e Jundiaí, um rio como o Capivarí, de importância social, econômica e ambiental enorme, apresentando, tecnicamente, um balanço hídrico de vazão mínima com a disponibilidade de, apenas, 7%. Em termos práticos, isso significa que dos 100% de volume da água por minuto que entraria no início desse rio, 93% é consumido, saindo, no seu final, apenas 7%. Isso mostra a que grau de risco estamos hoje expostos, inclusive, de uma possível convulsão social pela falta de água, até para beber…
CONTINUA

terça-feira, 11 de agosto de 2015

RESÍDUO NUCLEAR

Resíduo radioativo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O aviso suplementar sobre radiação ionizante lançado em 15 de fevereiro de 2007 pela Agência Internacional de Energia Atómica e a Agência Internacional de Normas.

Produção de combustível nuclear e a destinação do resíduo nuclear gerado.
Os resíduos radioativos ou "lixo atômico", são formados por resíduos com elementos químicos radioativos que não têm um propósito prático. São frequentemente um subproduto do processo nuclear, como a fissão nuclear. O resíduo também pode gerar-se no processamento de combustível nuclear para os reatores ou armas nucleares e em aplicações médicas de diagnósticos radiológicos na medicina nuclear. Os resíduos radioativos são perigosos para a maioria das formas de vida e ao ambiente, e são regulados por organizações governamentais de maneira a que possa ser protegida a saúde humana e o ambiente.1 2 3 4
Um sumário das quantidades de resíduos radioativos e abordagens para a gerência da maioria de países desenvolvidos é apresentado e convencionado pela Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA) Joint Convention on the Safety of Spent Fuel Management and on the Safety of Radioactive Waste ManagementEstes podem-se classificar por motivos de gestão em:
·         Resíduos desclassificados (ou extintos) não oferecem uma radioatividade que pode resultar perigosa para a saúde de pessoas e o meio ambiente, ou para o presente ou no futuro, podem ser usados como materiais convencionais.
·         Resíduos de baixa atividade possuem radioatividade gama e beta em níveis menores a 0,04 GBq/m³ se são líquidos, 0,00004 GBq/m³ se são gasosos, ou a taxa de dose em contato é inferior a 20 mSv/h se são sólidos. Somente se consideram desta categoria se o seu período de meia-vida for inferior a 30 anos. Devem armazenar-se em armazéns superficiais.
·         Resíduos de média atividade possuem radioatividade gama e beta em níveis maiores aos resíduos de baixa atividade mas inferiores a 4 GBq/m³ para líquidos, gasosos com qualquer atividade ou sólidos cuja taxa de dose em contato é superior aos 20 mSv/h. É igual aos resíduos de baixa atividade, somente se consideram desta categoria o seu período de meia-vida for inferior a 30 anos. Devem armazenar-se em armazéns superficiais.
·         Resíduos de alta atividade ou alta vida média: todos aqueles materiais emissores de radioatividade alfa e aqueles materiais emissores beta ou gama que superem os níveis impostos pelos limites de resíduos de media atividade. Também aqueles onde o período de meia-vida for superior a 30 anos (como os actinídeos minoritários). Devem armazenar-se em armazêns geológicos profundos (AGP).
Composição
Os resíduos radioativos provenientes de usinas nucleares contém uma mistura de elementos radioativos de curta duração e de longa duração, bem como elementos não radioativos. A composição média é de aproximadamente 93% Uranio, 1,3% Plutônio, 0,14% outros Actinídeos, e 5,2% de produtos de fissão. Cerca de 1,0% deste resíduo consiste em isótopos de vida longa 79Se, 93Zr, 99Te, 107Pd, 126Sn, 129I e 135Cs. Isótopos de vida mais curta, incluindo 89Sr, 90Sr, 106Ru, 125Sn, 134Cs, 137Cs e 147Pm constituem 0,9% em um ano, diminuindo para 0,1% em 100 anos. O 3,3-4,1% restante consiste em isótopos não-radioativos.
A diferença entre os resíduos nucleares de alto nível e curta duração e de baixo nível e vida longa pode ser ilustrada pelo exemplo a seguir: Um mole de 131I (meia-vida de 8 dias) e um mole de 129I (meia-vida de 15.700.000 anos) produzem as mesmas 3x1023 emissões em um período igual a uma meia-vida. 131I decai com o lançamento de 970 keV enquanto 129I decai com o lançamento de 194 keV de energia. Portanto, 131g de 131I liberam 45 gigajoules ao longo de oito dias, a uma velocidade inicial de 600 EBq ou 90 quilowatts. Em contraste, 129g de 129I, liberam 9 Gigajoules em mais de 15 milhões de anos, a uma velocidade inicial de 850 MBq ou 25 microwatts. Em outras palavras, os radionuclídeos tais como 129I ou 131I, podem ser altamente radioativos, ou de vida muito longa, mas não ambos.
Classificação de resíduos radioativos
A classificação de resíduos radioativos varia entre os países. A IAEA, que pública as Normas sobre Segurança dos Resíduos Radioativos (RADWASS), também têm um papel importante.7 8
Transporte

Transporte de resíduos radioativos nos EUA. Cada contentor é construído em aço de 14 in (36,0 cm) de espessura e pesa mais de 50 toneladas.
É gerado um perigo importante no transporte dos resíduos desde as usinas aos armazéns centrais, que se realiza no interior de uns grandes cilindros de metal extremamente resistentes de aço e chumbo.
Armazenamento dos resíduos
Existem meios viáveis para a gestão dos resíduos. No caso dos de média e baixa atividade, contam com duas opções. Por um lado, o seu confinamento em superfícies ou bem armazenado em instalações subterrâneas de baixa profundidades.

Pela sua parte, os resíduos de alta atividade requerem sistemas de gerência que garantem o seu embalamento e confinamento durante largos períodos de tempo. As duas opções que existem para o armazenamento são armazenamento temporal prolongado (ATC) e o armazenamento definitivo de grande profundidade ou armazenamento geológico profundo. O armazenamento prolongado permite guardar o combustível entre 100 a 300 anos, e pode levar-se a cabo com tecnologia existente na atualidade através dos armazéns temporais centralizados. Em respeito a segunda opção, o armazenamento geológico profundo, falta demonstrar que seria efetivo para períodos extremamente grandes ou ao menos similares ao de armazenamento prolongado. Devido a não existir um regulamento internacional especifíca a este respeito, mas existir um consenso acerca do armazenamento geológico profundo ser a melhor opção uma vez que a tecnologia ofereça garantias totais. Em ATC, mesmo sem problemas, não oferece uma solução definitiva ao problema, apenas prorroga para gerações futuras. Trata-se, portanto de uma opção de gestão temporal e não final.

terça-feira, 7 de julho de 2015

CURTUME

Curtume terá de pagar R$ 207 milhões por poluir córrego
Guto Pereira
Além de operar sem licença ambiental, empresa despejou poluentes nas águas.
O Tribunal de Justiça decidiu que a empresa Intercondors Export, proprietária de um curtume desativado que funcionava na Vila Falavina, em Rio Preto, terá de pagar a multa imposta na ação civil pública em que foi condenada. Segundo o Ministério Público, atualmente, o valor ultrapassa os R$ 207 milhões.
A decisão do TJ é assinada pela desembargador Ruy Alberto Cavalhero, saiu em julho e foi comunicada esta semana ao MP. O caso está com o promotor Sérgio Clementino. Ele adiantou que já pediu atualização dos valores e dará parecer favorável à cobrança da multa. Em caso de inadimplência, determinará a penhora de bens. "A área onde o curtume operava é um deles", afirmou.
A ação corre desde 2003, quando o curtume foi interditado pela primeira vez. Segundo o gerente regional da Cetesb, Antonio Falco Junior, em setembro de 2012 a empresa teve definitivamente cassada inscrição estadual, mas já estava sem operar havia cerca de três anos. Ao longo de uma década, lembra ele, foram dezenas de multas por infrações ambientais que levaram à poluição do córrego Piedade. À época, testes da qualidade da água feitos pela Cetesb chegaram a indicar níveis extremos de poluição do córrego. Numa das análises, a carga orgânica despejada na água que deveria ser no máximo de 60 mg/l atingiu mais de 1.180 mg/l.
Funcionamento
A mesma decisão do TJ que manteve a multa contra a Intercondors também reformou parte da sentença de primeira instância que havia decidido que a empresa deveria ser definitivamente lacrada. Na prática, o curtume pode voltar a funcionar, desde que obtenha licença ambiental da Cetesb e cumpra todas as exigências da legislação. Segundo Falco, até ontem não havia sido protocolado nenhum pedido.
"É de se ressaltar a temeridade residente no fato de paralisar as atividades exercidas pela empresa agravante", afirma o desembargador. " Ao contrário do que pretende fazer crer o agravante, a multa não é indevida nem tampouco exorbitante. Não se mostra razoável a estipulação em patamar inferior. A multa deve ser fixada em valor expressivo a ponto de coagir a agravante a cessar a degradação ambiental", completa.
Outro lado
O advogado Marcelo Navarro Vargas, que representa o curtume, informou ontem, por telefone, que já recorreu da decissão do TJ e reforçou que o acórdão acatou o pedido para liberar as atividades da empresa, mas não deu detalhes. Até o fechamento desta edição, ele também não havia respondido e-mail encaminhado pela reportagem com outras questões, como se a Intercondors pretende voltar a operar a unidade de Rio Preto. A empresa possui outras unidades fora do município.

FONTE: DIÁRIO DA REGIÃO SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

segunda-feira, 8 de junho de 2015

TUBOS DE CREME DENTAL

jan 23, 2014
Metagreen

Metagreen: Empresa recicla mais de 30 toneladas de tubos de creme dental por ano e produz coletores e lixeiras muito resistentes

Mais de 30 toneladas de tubos de creme dental, que levariam quase 500 anos para se decompor, dão lugar a coletores de reciclagem resistentes a chuva e sol.
Por Karen Pegorari Silveira
Tubos de creme dental, que na maioria das vezes são descartados pela população, é a matéria-prima dos principais produtos fabricados por uma empresa de Santa Bárbara d’Oeste, no interior paulista.
Tubos de pasta de dente reciclados são utilizados como matéria-prima de diversos produtos
A Metagreen fabrica lixeiras, caixas para armazenamento de lâmpadas fluorescentes queimadas, coletores de pilhas e baterias, coletores para lixo eletrônico de médio porte e coletores de óleo vegetal usado; tudo produzido a partir de tubos de creme dental.
“Já utilizamos e tiramos dos lixões quase 30 toneladas de tubos por ano que, se descartados de forma incorreta, levariam de 100 a 500 anos para se decompor na natureza”, conta Sidnei Alves de Almeida, idealizador e diretor da empesa.
Almeida viu nesse resíduo uma oportunidade de negócio quando graduou-se na incubadora de empresas, um projeto da FIESP e SEBRAE. “Graças a composição de 75% plástico e 25% alumínio, pudemos produzir coletores resistentes ao sol e a chuva, já que essas substâncias são impermeáveis e não propagam chamas”, explica Sidnei.
Na visão da empresa, a sustentabilidade é um caminho sem volta e toda a sociedade, as empresas e o governo terão um grande desafio pela frente para desenvolver um mundo melhor e deixar um legado para as futuras gerações.
Para 2014, a Metagreen pretende dobrar para 60 toneladas de tubos reciclados e continuar contribuindo mais e mais com a reciclagem desses materiais.
Você também pode colaborar com esse trabalho e enviar seus tubos de creme dental para a Metagreen ou a postos de coleta; vale lembrar que quanto mais limpo ele estiver, menos substâncias químicas nocivas ele enviará à natureza.
Para saber como e onde descartar, clique aqui.
Fonte: FIESP