segunda-feira, 25 de julho de 2016

PARA DRIBLAR ESCASSEZ, ISRAEL REAPROVEITA 80% (oitenta) DA AGUA

Pais, investe em tecnologia e registra perdas de apenas 10% (dez) nas tubulações.
Minimizando os efeitos da escassez de água – o exemplo de Israel.
Com seu formato longo e estreito, Israel tem cerca de 470 km de comprimento de norte a sul e em seu ponto mais largo, entre o Mar Morto e a costa do Mediterrâneo, mede cerca de 135 km. Faz fronteira com o Líbano ao norte, Síria a nordeste, Jordânia a leste, Egito a sudoeste e Mar Mediterrâneo a Oeste. É um país localizado na extremidade de um deserto e, por isso, sempre sofreu com a escassez de água. As fontes de água do país são o rio Jordão, o lago Kineret e alguns rios menores. Também se faz uso das fontes naturais e dos lençóis de água subterrâneos, mas de forma controlada para evitar a exaustão e a salinização.
Apesar da pouca disponibilidade de água doce no país, Israel é reconhecido mundialmente por sua habilidade em utilizar ao máximo seus recursos disponíveis e por encontrar novas soluções para o abastecimento. Israel é um país que já enfrentou anos consecutivos de seca e escassez de água, e com isso tornou-se um grande exemplo para os outros países.  Entre os programas em desenvolvimento, cuja finalidade é ampliar o potencial hidráulico de Israel, podemos citar sistemas de irrigação eficientes, aproveitamento da água da chuva, reciclagem de águas de esgoto, gestão do desperdício e dessalinização da água do mar.
Mas quais lições podemos tirar do exemplo de Israel?
Irrigação eficiente – utilizando a irrigação por gotejamento, desenvolvida de forma pioneira no campo, é possível obter a melhor safra usando uma quantidade mínima de água – menos de 5% da quantidade de água necessária para o sistema mais aplicado no mundo, o de aspersão. Na Agricultural Research Organization (ARO), organização de pesquisa agrícola do país, são produzidas variedades genéticas de plantas mais resistentes às condições hídricas menos favoráveis. Os cientistas desta organização também desenvolvem variedades de legumes e frutas que obtêm o máximo rendimento de produto por volume de água usada. No post Produzindo mais com menos água vimos como é possível produzir alimentos reduzindo significativamente a quantidade de água aplicada na irrigação.




                                                 Sistema de irrigação por gotejamento


Reciclagem da água – em Israel quase metade da irrigação do país é proveniente de águas residuais recicladas. Segundo Menahem Libbhaber, especialista em água e saneamento e autor de livro sobre reciclagem de água, em Israel as águas residuárias integram os recursos hídricos do país há mais 40 anos. A reutilização da água doméstica tem sido intensa e atualmente 75% dos efluentes gerados são reutilizados seguidos por 14% na Espanha, 9% na Austrália, 8% na Itália e 5% na Grécia. Em Tel Aviv, segunda maior cidade do país, 100% da água proveniente do uso doméstico é reaproveitada. O tratamento do esgoto passa por processos físicos, químicos e biológicos na maior estação de tratamento do Oriente Médio, o Shafdan. Está água é transportada por cerca de 100km de dutos até o deserto de Neguev, para ser usada na irrigação. Também utiliza-se água salobra para irrigação por gotejamento para as variedades de plantas resistentes ao sal.
                                  Shafdan, a maior estação de tratamento do Oriente Médio.
Aproveitamento da água da chuva – Israel construiu 225 reservatórios para recolhimento de água pluvial e água de reuso, buscando diminuir a crise hídrica no país.
Gestão do desperdício de água – Israel tem conseguido se destacar em gestão do desperdício de água em uma escala nunca alcançada por outro país. Uma expressiva parcela de 50% da água irrigada de Israel vem da reciclagem, como citado acima, e boa parte disso é reciclada através de florestas plantadas pelo Fundo Nacional Judaico.
Em grande parte do Brasil a escassez de água era algo distante. Atualmente estamos passando por um período, como temos visto nos noticiários e relatamos em alguns posts aqui no Blog Cidade das Águas (leia Escassez e perda de água: situações que não combinamQuem falha em planejar, planeja falhar  e A atual crise hídrica e política do sudeste), de baixa disponibilidade de água. Precisamos aproveitar este momento para aprender a gerir melhor os recursos hídricos
Fonte: Ana Caroline Pitzer Jacob Posted 11 de setembro de 2014
In Meio Ambiente, Políticas públicas, Recursos Hídricoshttp://www.aquafluxus.com.br/minimizando-os-efeitos-da-escassez-de-agua-o-exemplo-de-israel/

domingo, 10 de julho de 2016

Dia da Proteção das Florestas: nossas árvores pedem socorro



O Brasil já perdeu 19% da Amazônia e quase 91% da Mata Atlântica. No dia que celebra a proteção das florestas, há pouco o que comemorar. Participe do Twitaço em defesa das florestas.
Originalmente nesta data era comemorado o dia do Curupira, um personagem do folclore brasileiro conhecido por pregar peças naqueles que destroem a floresta. Mas, infelizmente, o personagem vive apenas nos contos infantis e a floresta não consegue se defender sozinha. Por isso, é nossa responsabilidade preservar este importante patrimônio do Brasil.


Por que precisamos das florestas?
As florestas são parte vital do ciclo da água, contribuindo para a formação de chuvas que abastecem várias regiões do país. Elas também nos protegem de climas extremos, como cheias ou secas. Sem elas, a produção de alimentos ficaria comprometida e a vida na Terra cada vez mais difícil.
Diversos estudos científicos já mostraram que as florestas também são importantes na proteção de nascentes e rios, aumentando a qualidade e a quantidade da água que consumimos. O desmatamento oferece lucro para poucos e prejuízo para toda a sociedade, inclusive para quem vive nas grandes cidades e para aqueles que promovem o desmatamento. Ainda sim, destruir as florestas é permitido no Brasil.
Isso tem que acabar! Desde 2012 o Greenpeace mantém uma campanha para levar ao Congresso Nacional um Projeto de Lei com apoio popular pelo Desmatamento Zero no Brasil.  Pela proposta, fica proibido o corte raso de floresta nativa e não serão mais emitidas autorizações para novos desmatamentos. As florestas precisam de proteção e a hora é agora, não amanhã.
Apoie a campanha pelo Desmatamento Zero. Acesse desafio.salveasflorestas.org.br e assine a petição, por um futuro com água, clima ameno e alimento para todos.

Fonte: Greenpeace Brasil