domingo, 15 de janeiro de 2012

COCO VERDE

RECICLAGEM DO COCO VERDE

Responsável por 70% do volume do lixo em cidades do litoral brasileiro, a casca do coco verde vai passar a ser reaproveitada em Fortaleza, num projeto da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) financiado pelo Banco Mundial, para preservar uma das espécies vegetais ameaçadas de extinção no país, a samambaiaçu. Fonte de onde se extrai o xaxim, para a fabricação de vasos e ornamentos com flores, a samambaiaçu é uma planta herbácea que se assemelha a uma palmeira, mas que demora entre 50 e 100 anos para atingir um metro. Por causa de sua extração indiscriminada para a utilização na jardinagem e na floricultura, foi incluída pelo Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) na lista das espécies em extinção. Ao se transformar a casca do coco verde em pó e fibras, após processamento, espera-se que ela possa substituir o xaxim, hoje ainda retirado da mata atlântica. A pesquisa para a reciclagem da casca do coco verde levou cinco anos para ser concluída e foi motivada pelo grande volume de cascas que se acumula nos lixões das cidades litorâneas, sem um destino alternativo.

Segundo a pesquisadora Morsyleide Freitas, da Embrapa, na época do verão, no Rio de Janeiro, por exemplo, as cascas de coco verde representam 80% do lixo. "Outra dificuldade é que cada casca demora de oito a dez anos para se decompor, o que agrava ainda mais a situação." Com o projeto, será construída uma usina para a transformação da casca do coco, que tem de ser triturada até se transformar em pó e fibras. A meta do projeto é que 15 mil toneladas da casca sejam processadas na usina.

Além de substituir a samambaiaçu na jardinagem, a casca também poderá ser utilizada como composto orgânico e substrato agrícola. Em todo o país, o plantio de coco verde ocupa uma área de 57 mil hectares, com uma produção de 6,7 milhões de toneladas de cascas por ano. "A idéia é que, com a experiência de Fortaleza, o projeto possa ser levado a outros lugares, gerando emprego e renda e reduzindo o problema do lixo", disse a pesquisadora.

O projeto conseguiu o apoio financeiro do Banco Mundial numa disputa em que concorreram outros 2.726 projetos de todo o mundo. A reciclagem da casca de coco foi escolhida ao lado de outras 39 idéias. Segundo Freitas, a implantação do projeto deverá ser iniciada em fevereiro.
fonte: Fórum Lixo e Cidadania
Um copo de água de “Coco Verde” de 250 ml gera mais de “1 Kg de lixo”.
Para garantir um futuro promissor, à cadeia comercial do coco verde deve começar sendo regulamentado e não existe outra forma que não seja em sacos de 10 ou 20 unidades. Para exportação já existe um padrão em caixas de papelão. O coco é, praticamente, a única fruta que não tem normas na pós colheita para o mercado interno, isto é, não passa por classificação ou embalagem. Ele sai do pé e vai direto para o caminhão, sem que também lhe seja retirada a galhada ou talo etc. Não existe um padrão tipo P, M, G. é tudo coco. A maçã, por exemplo, é classificada como CAT 1, CAT 2, CAT 3 e dentro dessa sofre classificação por peso ou tamanho. O coco é distribuído no cacho e vendido avulso. E o que dizer da galhada (penca/galha/talo/pedúnculo) que vem no caminhão e pode representar 01 ton? É muito volumoso e deveria ficar na lavoura. Quando se transporta um material indevido, o produtor se livra desta carga inútil se livrando da mão de obra e do lixo. Agora, se o produtor fosse obrigado na primeira fase a embalar, não viria junto mais sujeira como a galhada que poderia ser descartada em qualquer lugar da lavoura, também podendo ser utilizada para incorporar ao solo como matéria orgânica. Quem receber esse coco vai ter uma forma, um incentivo a mais para recolocar o lixo no mesmo saco em que veio, facilitando o recolhimento e encaminhamento correto. Definitivamente, a regulamentação tem que estar no inicio da cadeia comercial e passando justamente pela classificação e embalagem, como acontece com a maioria das demais frutas

O Projeto Coco Verde tem como objetivo a valorização do lixo gerado pelo consumo da água de coco verde. Esta valorização permite a diminuição deste resíduo sólido (urbano) favorecendo a utilização de produtos eficientes e que ajudam a melhorar a paisagem urbana e residencial, criando emprego e trabalho para pessoas com pouca qualificação (cumprindo seu papel social em nossa sociedade).
O Projeto Coco Verde abre um ciclo de valorização deste resíduo sólido, cada vez mais presente em nossos centros urbanos, oferecendo novos empregos (e não transferência) promovendo o social sustentável tão debatido nestes tempos. Sua influencia na preservação do meio ambiente está justamente em poupar os aterros sanitários e lixões deste resíduo (lixo urbano) alem de substituir o Xaxim que após anos de extrativismo vem desaparecendo de nossa MATA ATLÂNTICA.

Uma tonelada dia de lixo de coco verde cria 6 empregos diretos
Nossa atividade econômica de valorização deste resíduo consiste em reciclar com métodos físicos por um processo totalmente inovador e exclusivo as fibras de coco de forma a transformá-las em produtos naturais ecológicos e de fonte renovável tais que: Placas, vasos, baskets, vasos de parede, tutores, material de decoração, linha Pet, coberturas (mulch) e substratos utilizados em todas as atividades desde a mais rara orquídea como para produção de tomates.

Breve Descrição dos principais produtos gerados com a reciclagem:
Placas, produzidas em diversos tamanhos. Utilizadas para decoração de interiores e em áreas externas, para fixação de orquídeas, bromélias, suporte para plantas aquáticas na decoração de aquários, larga utilização em plantas artificiais, etc. É o único produto natural para produção de jardins verticais e assim ampliando em muito o campo de trabalho de paisagistas e decoradores arranjos florais e plantas artificiais.

Vasos e Baskets, por serem produzidos sem utilização de látex, possuem características únicas: drenagem, aeração das raízes, controle de temperatura dos substratos, totalmente resistente a água, aparência natural e sofisticada, também sendo muito usados como cachepot devido seu acabamento impecável. Tutores (estacas, palitos). Produtos que originalmente foram desenvolvidos para cultivo de plantas ornamentais vêm sendo muito utilizados em decoração, plantas artificiais, arranjos florais e como tronco para plantio de orquídea e bromélias. O Projeto Coco Verde compreende um sistema cíclico e sustentável, organizado em várias etapas. Cada uma delas movimenta um ou mais setores da economia com repercussões sociais, ambientais e comerciais. Esta integração acompanha a empresa em cada uma de suas ações, é o compromisso de que estamos envolvidos em uma atividade global e única, onde entendemos que esta atitude é uma obrigação empresarial e que, portanto, faz parte do nosso ciclo comercial e definem nossas premissas básicas, que são: preservação do meio ambiente, proteção da nature
za e o bem estar social.