segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PET

O QUE É PET

O PET - Poli (Tereftalato de Etileno) - é um poliéster, polímero termoplástico. Simplificando, PET é o melhor e mais resistente plástico para fabricação de garrafas e embalagens para refrigerantes, águas, sucos, óleos comestíveis, medicamentos, cosméticos, produtos de higiene e limpeza, destilados, isotônicos, cervejas, entre vários outros como embalagens termoformadas, chapas e cabos para escova de dente. O PET proporciona alta resistência mecânica (impacto) e química, além de ter excelente barreira para gases e odores. Devido as características já citadas e o peso muito menor que das embalagens tradicionais, o PET mostrou ser o recipiente ideal para a indústria de bebidas em todo o mundo, reduzindo custos de transporte e produção. Por tudo isso, oferece ao consumidor um produto substancialmente mais barato, seguro e moderno. . As embalagens Pet são 100% recicláveis e a sua composição química não libera nenhum produto tóxico.
HISTÓRIA DO PET
A primeira amostra desse material foi desenvolvida pelos ingleses Whinfield e Dickson, em 1941. As pesquisas que levaram à produção em larga escala do poliéster começaram somente após a Segunda Grande Guerra, nos anos 50, em laboratórios dos EUA e Europa. Baseavam-se, quase totalmente, nas aplicações têxteis. Em 1962, surgiu o primeiro poliéster pneumático. No início dos anos 70, o PET começou a ser utilizado pela indústria de embalagens. O PET chegou ao Brasil em 1988 e seguiu uma trajetória semelhante ao resto do mundo, sendo utilizado primeiramente na indústria têxtil. Apenas a partir de 1993 passou a ter forte expressão no mercado de embalagens, notadamente para os refrigerantes. Atualmente o PET está presente nos mais diversos produtos.
RECUPERAÇÃO
Nesta fase, as embalagens que seriam atiradas no lixo comum ganham o status de matéria-prima, o que de fato, são. As embalagens recuperadas serão separadas por cor e prensadas. A separação por cor é necessária para que os produtos que resultarão do processo tenham uniformidade de cor, facilitando assim, sua aplicação no mercado. A prensagem, por outro lado, é importante para que o transporte das embalagens seja viabilizado. Como já sabemos, o PET é muito leve.
REVALORIZAÇÃO
As garrafas são moídas, ganhando valor no mercado. O produto que resulta desta fase é o floco da garrafa. Pode ser produzido de maneiras diferentes e, os flocos mais refinados, podem ser utilizados diretamente como matéria-prima para a fabricação dos diversos produtos que o PET reciclado dá origem na etapa de transformação. No entanto, há possibilidade de valorizar ainda mais o produto, produzindo os grãos de PET reciclado. Desta forma o produto fica muito mais condensado, otimizando o transporte e o desempenho na transformação.
TRANSFORMAÇÃO
Fase em que os flocos, ou o granulado, será transformado num novo produto.
                                              Cores diferentes de telhas de plástico reciclado
A Telha PET é muito prática e proporciona luminosidade ao ambiente agindo contra propagação de insetos e animais noturnos que buscam abrigo no forro do telhado.
Similar às telhas convencionais, a Telha PET apresenta baixo custo, eficiência, excelente propriedade de fluxo luminoso, brilho e transparência, proporcionando excelente relação custo benefício para aplicação junto às telhas convencionais e coberturas que necessitam transparência.
A Telha PET não apresenta porosidades como as telhas cerâmicas, evitando assim o acúmulo de umidade e mofo, além disso, resistem a temperaturas mais altas (cerca de 85°C) comparadas às temperaturas máximas a que um telhado é exposto (até cerca de 50°C).
Composta por cristal de alta temperatura, com excepcional estabilidade térmica, a Telha PET pode ser retirada para limpeza, que poderá ser feita com sabão neutro e esponja.
A Telha PET possui ainda garantia de fábrica de 3 anos contra rachaduras, trincas e deformações.

O uso de garrafas PET em tapetes, bases de pufes, luminárias e sistemas de aquecimento solar já é conhecido. Pois no segmento de materiais de construção, o tal polietieleno tereftalato também vem ganhando destaque. Em Manaus, o engenheiro eletrônico Luiz Antônio Pereira Formariz começou a investir na resina, tradicionalmente usada em embalagens de refrigerante e água mineral, para fazer telhas. Assim, fundou a empresa Telhas Leve.
As telhas de PET podem ainda ser encontrada em diferentes cores, como azul, amarela e vermelha. A marrom-cerâmica reproduz fielmente o tom das peças de barro. E a durabilidade do produto pode ser até cinco vezes maior. Além disso, Formariz destaca a importância que o produto traz ao meio ambiente.
“Hoje em dia, devido a popularização do consumo de refrigerantes embalados em garrafas de PET, a embalagem plástica tornou-se também uma grave ameaça ao meio ambiente, pois, após o consumo do conteúdo dessas garrafas, elas se transformam em lixo, causando poluições que afetam drasticamente o meio ambiente. Com a reciclagem do PET, existe a possibilidade de controlar esse problema, pois o material poderá ser transformado em outros produtos de grande utilidade e necessidades básicas para as pessoas”, explica o engenheiro.
A coleta das garrafas PET é feita por cooperativas e associações de catadores de lixo. A reciclagem do material, segundo o engenheiro, além de poder contribuir para uma possível fonte de renda para famílias pobres ou desempregadas, reduz os de custos de fabricação dos produtos. Por ser um material que depende apenas de coleta, reciclagem, e dos devidos tratamentos de preparação, o plástico implica num preço um pouco menor do que se fosse comprado novo.

Telha feita de garrafa PET


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DO PET_1. O que é PET.
Disponível em:
http://www.abipet.com.br/oqepet.php Acesso em
9 novembro 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DO PET_2. “Garrafa PET revive
no telhado”. In: Arquivo de notícias. Disponível
g=1 Acesso em 9 novembro 2011.
CEJATEL. Telhas. Disponível em:
http://www.cejatel.com.br/ Acesso em: 16 novembro
TELHAS LEVE. Disponível em:
www.telhasleve.com.br Acesso em: 16 novembro
Wikipedia, 2010. PET. Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/PET Acesso em: 14
novembro 2011.
O ECO. Telhado à base de PET. In:
Reportagens. Disponível em:
http://www.oeco.com.br/reportagens/37-
reportagens/23535-telhado-a-base-de-pet-


domingo, 23 de outubro de 2011

DO LIXO AO LUXO

                                BOUQUETS PARA NOIVAS FEITOS DE ESCAMAS DE PEIXE
Uma fileira de bolsas coloridas e de formas cintila nas prateleiras de elegante loja paulista. São pequenas obras de arte, donas de uma beleza que nem de longe faz crer que foram originadas de um produto antes tido como mero descarte: pele de tilápia. Quando os clientes descobrem qual é a matéria prima, arregalam os olhos, de tão admirados, segundo Tatiana Nasrallah Bedran da grife SNB.
Tudo começou com a persistência de uma, também paulista, chamada BRO-Business Relationship Office, esse escritório de negócios visualizou nos couros exóticos um importante nicho de mercado a  partir do problema que um de seus clientes enfrentava. Ele trabalha com carne de peixe e a pele passou a ser um empecilho, pois desenvolve microorganismo e pode ate causar danos ao meio ambiente se não tiver destino apropriado, explica Sonia Cristina Mendes da BRO.
Tilápias em tanques de cativeiros, do Açude Castanhão produz-se bolsas, calçados e ouras peça. Do peixe, tanto no rio ou mar, tudo se aproveita das vísceras se extrai o óleo que vira combustível, da carne se comida para diversos partos, e dou couro fazem acessórios que só terão limite na criatividade em modelos de bolsas, calçados, adornos e utensílios domésticos produzidos por artesãs destes municípios. Todos os meses são produzidos centenas de peças que são vendidas para varias Cidades no Ceara e outros Estados.
Localizada numa vila de pescadores e reserva ambiental, a Mar & Arte é uma distribuidora de artesanatos, acessórios de moda e decoração, feitos a partir de materiais que seriam incinerados, gerando renda para 30 famílias de Brasília Teimosa e do Curado.
A equipe é formada pelas filhas e mulheres dos pescadores do Frigorífico Noronha (no Curado), de onde vêm os couros das tilápias devidamente cortados. As artesãs retiram as escamas e o couro é enviado à Franca, em São Paulo, por um caminhão com temperatura adequada, onde o material é curtido e tingido.
De volta ao Recife, o produto é transformado em bolsas, sandálias, pulseiras, acessórios de cabelo, pufes, cadeiras, mesas, porta-retratos. Outros tipos de materiais são usados para compor e produzir as peças, tais como barro e madeira.
Criadores de peixe da região de Sinop, em Mato Grosso, usam a criatividade para aproveitar o que antes ia para o lixo. O couro dos animais agora é garantia de renda para as famílias.
                  Mauro e Rosane Dall'Agnol trabalham com piscicultura em Sinop, no norte de Mato Grosso. O principal peixe criado nos tanques é o tambaqui. Mauro explica que o custo de produção é alto. Por isso, é preciso buscar alternativas para permanecer na atividade. Uma delas é aproveitar o couro do peixe. A experiência começou a partir da necessida
de.

"Surgiu de um problema que a gente tinha. O couro vinha se acumulando. Ele ficava entrando em decomposição. Então, surgiu a ideia. Fomos pesquisar e encontramos para curtir", conta Mauro.

Hoje só são jogados fora a espinha e as escamas do peixe. Uma pequena indústria artesanal foi montada com a ajuda do artesão Ernesto Kuhr. Ele já trabalhou com o curtimento de couro de outros animais. O seu Ernesto contou que adaptar a técnica ao tambaqui foi um desafio por causa das escamas.
Flor do Mar

Arte com escamas de peixes. Produtos ecologicamente corretos e socialmente justos. Bouquets para noivas eco chics


Noivas eco chics consomem conscientemente ao escolherem flores com escamas de peixes na composição dos seus bouquets. Decisão ecológicamente correta, possibilitando transformar o bouquet em lembrança permanente, já que as flores com escamas de peixes, apesar do aspecto delicado, duram para sempre.
FOTOS:
                                          ARTEFATOS DE PELE PEIXE

                                         BOLSA DE PELE DE TILAPIA

                                       FLOR DE COURO DE TILAPIA


                                      ROSA DE ESCAMA DE PEIXE

                                         SAPATO DE COURO DE PEIXE

Sustentabilidade: A tecnologia que transforma pele de peixe em couro que recicla e agrega valor comercial a um material que antes ia para o lixo.
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Vitrine Digital Chique e Sustentável, Thabata Alves , Publicado por: vitrinenet em: 8  abril 2010
Associação dos Produtores e Processadores de Peixes de Jaguaribara/ Av. Vereador Sobrinho,230,Centro- Ceara (88) 9606.8589/9928.2198, Fonte: Diário do Nordeste
Mariana Caetano e Luciana Franco, Piscicultura Couro de peixe reveste o mercado da moda do Lixo para Luxo. Revista Globo Rural, ano 20 n. 239, setembro, 2005. Disponível em http/. http://www.globorural.globo.com/. Acesso em: 10/03/2009
Vitrine Digital Chique e Sustentável, Thabata Alves , Publicado por: vitrinenet em: 8  abril 2010

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

  1. APRESENTAÇÃO
O interesse mundial por frutas nativas do Brasil vem se intensificando a cada ano, e o Cerrado é um dos biomas brasileiros que mais contribui para o fornecimento dessas frutas. A região do Cerrado apresenta uma das diversidades mais ricas dentro da vegetação savânica do mundo, na qual uma vegetação rasteira, formada principalmente por gramíneas, coexiste com árvores esparsas, baixas, tortuosas, com cascas grossas, folhas largas e sistemas radiculares profundos. Essa vegetação apresenta estratégias de adaptação à seca, como raízes alcançando profundidades superiores a 10 m, germinação de sementes na época das chuvas e crescimento radicular pronunciado nos primeiros estádios de desenvolvimento (PINTO, 1993; SANO & ALMEIDA, 1998).
Em sua maior parte o Cerrado está localizado no Planalto Central do
Brasil e é o segundo maior bioma do País em extensão, sendo apenas superado pela Floresta Amazônica. Este abrange como área contínua os Estados de Goiás, Tocantins e o Distrito Federal, parte do Estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rondônia e São Paulo, e também ocorre em áreas disjuntas ao norte nos Estados do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, e ao sul em pequenas áreas do Pará.
(RIBEIRO & WALTER, 1998).
O Cerrado é considerado um recurso natural renovável que, se for manejado adequadamente, pode gerar ocupação permanente para um grande número de pessoas, fornecer matéria-prima para a indústria, além de preservar a biodiversidade, garantindo a conservação da fauna e flora nativas, bem como a manutenção da qualidade da água (POZO, 1997). No Brasil, muitos são os produtos explorados de forma extrativista como borrachas, gomas não-elásticas, ceras, fibras, oleaginosas, tanantes, corantes, alimentícias, aromáticas, medicinais, madeira, caça e pesca, entre outras. Para alguns destes produtos, evidencia-se o esgotamento das reservas existentes (HOMMA, 1993).
Pozo (1997), em estudos realizados nas comunidades do Norte de Minas Gerais observou que a vegetação do Cerrado nas proximidades dessas comunidades é explorada de forma extrativista. O pequizeiro (Caryocar brasiliense
Camb.) é um exemplo desta realidade, sendo uma espécie bastante promissora que pode ser empregada em programas de revegetação de áreas degradadas e em programas de renda familiar, por ser uma espécie de fruto oleaginoso, muito apreciado pela população do Cerrado. Destacando-se ainda, por possuir madeira ótima qualidade (CARVALHO, 1994; GRIBEL & HAY, 1993; MELO, 1987). Por ser o Cerrado a principal área de expansão agrícola do País, alguns recursos naturais, que são de interesse sócio-econômico para as populações dessa região, são eliminados para dar lugar ao estabelecimento de extensas áreas agropecuárias, impossibilitando a exploração destes recursos (POZO, 1997). Apesar da produção relativa de frutos, a destruição do pequizeiro não tem sido acompanhada pela sua regeneração natural em escala significativa (MELO, 1987). Este boletim engloba as principais informações sobre o pequizeiro, relacionando suas características, utilidades, aspectos nutricionais, relevância  da espécie, propagação e usos na  culinária.           
Ele é tudo no nome, menos goiano. O caryocar brasiliense conhecido como pequi, esta na boca do povo. Servido com arroz ou utilizado como condimento. Tornou-se o produto mais destacado da culinária regional. Mas também poder ser batom, sabão, conserva e combustíveis após transformações por industrias e universidade. Símbolo das culturas sertanejas, o pequizeiro sofre agora uma cruzada das plantações de cana de açúcar e soja.
A legislação proíbe corte do pequizeiro. Espécie ameaçada de extinção sofre ação de vandalismo.. A legislação brasileira impede o corte do pequi. Da mesma forma, a lei 10.883, de 02/10/1992 de Minas Gerais, declara o pequizeiro Caryocar brasiliense de preservação permanente, interesse comum e imune de corte no Estado de Minas Gerais.
A legislação de crime ambiental brasileira também prevê penas para quem cortar a arvores. A Lei 9.605/98 prevê no artigo 45 que cortar ou transformar em carvão qualquer espécie de madeira ou arvore protegida pela legislação e crime. A reclusão varia de um a dois anos, alem de multa. Incorre na mesma pena quem vender, expõe a venda, tem em deposito, transporta ou guarda madeira, lenha carvão e outros produtos de origem vegetal. Para azar do pequi, sua madeira produz a melhor espécie de carvão. Sua importância está expressa pela Portaria Federal 54, de 05 de março de 1987, do antigo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), hoje Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que impede o seu corte e comercialização de sua madeira em todo o território nacional. (RIBEIRO, 2003; WERNECK, 2001).

1.1  PEQUI
O pequizeiro, conhecido pelos nomes vulgares de pequi, piqui, pequá, amêndoa do espinho, grão de cavalo ou amêndoa do Brasil é uma espécie arbórea nativa do Cerrado Brasileiro pertencente à família Caryocaraceae. Ocorre em quase todos os agroecos­sistemas do país e tem seus frutos muito apreciados e utilizados na culinária da região Centro-Oeste, Norte e parte do Nordeste. Na parte mais setentrional do Nordeste Brasileiro é encontrada a espécie Caryocar co­riaceum, que exerce importante papel sócio-econômico na Chapada do Araripe e circunvizinhanças nos Estados do Ceará, Pernambuco e Piauí (Oliveira et al., 2008).
Da polpa e da amêndoa do fruto é extraído um óleo que apresenta grande versatilidade quanto ao seu uso, com aplicações que vão da culinária regional até a indústria cosmética, para a produção de sabonetes e cremes (Pianovski et al., 2008), além de apresentar potencial de uso para a produção de combustíveis e lubrificantes (Oliveira et al., 2008). Na medicina popular, são atribuídas diversas proprie­dades medicinais à planta e seus frutos, as cascas da árvore e dos frutos são utilizadas em infusões como antifebris e diuréticos (Correia, 1926), as folhas no tratamento de resfriados, gripes, edemas e o óleo do fruto é usado para tratamento de queimadura, como afrodisíaco (Vieira; Martins, 2000), e como bálsamo em casos de reumatismo (Brandão et al, 2002).

1.2  FOTO DO PIQUIZEIRO
A castanha existente dentro do caroço é muito saborosa; para comê-la, basta deixar os caroços secarem por uns dois dias e depois torrá-los. A raiz é tóxica e, quando macerada, serve para matar peixes. Sua madeira é de ótima qualidade, alta resistência e boa durabilidade. Infelizmente, e o contribuído para acelerar a devastação dessa espécie. A madeira fornece dormentes, postes, mourões, fabricação de moveis, peças para carro-de-boi, construção naval e civil e obras de arte. Suas cinzas produzem potassa utilizada no preparo de sabões caseiros. A casca fornece tinta, de cor acastanhada, utilizada pelos artesãos no tingimento de algodão e lã.  

1.1  FOTO DO FRUTO
O fruto pode ser apreciado em variadas formas: cozido, no arroz, no frango, com macarrão, com peixe, com carnes, no leite, e na forma de um dos mais apreciados licores de Goiás. Além de doces e sorvetes. Enfatizando o valor econômico do pequizeiro, Pozo (1997) relata a presença de fábricas de licor de pequi no Norte de Minas Gerais, que produzem milhares de caixas de licor por ano, o que representa dezenas de empregos permanentes e uma expressiva contribuição anual em ICMS e IPI. Outro subproduto do pequi, a castanha, pode ser utilizada como ingrediente de farofas, doces e paçocas, e é comercializada in natura
1.1  CARYOCAR BRASILIENSE

                   Pequizeiro está na relação das espécies com risco de extinção. Rico em vitaminas A, B e C, cálcio, fósforo, ferro e cobre, o fruto do pequizeiro (Caryocar brasiliense), árvore característica dos cerrados brasileiros é, dentre as espécies dessas regiões, uma das mais importantes economicamente, além de fazer parte da sua paisagem típica. Contudo, apesar da sua importância nutricional e econômica, o pequi ainda não recebeu a devida atenção dos ambientalistas, agricultores e pecuaristas. Com a expansão acelerada da agricultura e da pecuária nas regiões de cerrado, nos últimos vinte anos, os pequizeiro vêm sendo derrubados sistematicamente correndo sério risco de extinção, principalmente na região Centro-Oeste
A Flor do Pequi


.CONCLUSÕES

Apontado como fruto com grande potencial de extinção, o pequi tem no produto rural uma grande parceria. Apesar de esta protegida pela lei de crime ambiental brasileira. A Lei Federal 9605/98 prevê em seu artigo 45 que cortar ou transformar em carvão qualquer espécie de madeira ou arvore protegida pela legislação e crime, em todo território nacional reclusão que varia de um a dois anos, além de multa. Da mesma forma, a Lei Estadual 10.883/92, de Minas Gerais, declara o pequizeiro caryocar brasiliense de preservação permanente, de interesse comum e imune de corte no Estado de Minas Gerais. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BRANDÃO, M.; LACA-BUENDÍA, J.P.; MACEDO, J.F. Árvores nativas e exóticas do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: EPAMIG, 2002. 528p.
CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais,
potencialidades e uso da madeira. Paraná: EMBRAPA, 1994. 640 p.
GRIBEL, R.; HAY, J. D. Pollination ecology of Caryocar brasiliense in
Central Brazil Cerrado vegetation. Journal of Tropical Ecology,
Cambridge, v. 9, n. 2, p. 199-211, 1993.
HOMMA, A. K. O. Estrativismo vegetal na Amazônia: limites e oportunidades.
Brasília: EMBRAPA-SPI, Centro de Pesquisa Agroflorestal da
Amazônia Oriental, 1993. 201 p.
MELO, J. T. Fatores relacionados com a dormência da semente de pequi
(Caryocar brasiliense Camb.). 1987. 91 f. Dissertação (Mestrado) – Escola
Superior de Agricultura de Luiz de Queiroz, Piracicaba, 1987.
OLIVEIRA, M.E.B; GUERRA, N.B.; BARROS, L.M; ALVES, R.E. Aspectos agronômicos e de qualidade do pequi. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2008. 32p. (Documentos, n.113
PIANOVSKI, A.R.; VILELA, A.F.G.; SILVA, A.A.S.; LIMA, C.G.; SILVA, K.K.; CARVALHO, V.F.M.; MUSIS, C.R.; MACHADO, S.R.P.; FERRARI, M. Uso do óleo de pequi (Caryocar brasiliensis) em emulsões cosméticas: de­senvolvimento e avaliação da estabilidade física. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v.44, n.2, p.249-259,
PINTO, M. N. Cerrado: caracterização, ocupação e perspectives. Brasília,
DF: Universidade de Brasília, 1993. 681 p.
POZO, O. V. C. O pequi (Caryocar brasiliense): uma alternativa para o
desenvolvimento sustentável do cerrado no norte de Minas Gerais. 1997.
100 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Lavras, Lavras,
1997.
RIBEIRO, J. F.; WALTER, B. M. T. Fitofisionomias do bioma cerrado. In:
SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P. de. Cerrado: ambiente e flora. Planaltina,
DF: EMBRAPA-CPAC, 1998. p. 89-152.
RIBEIRO, L. Lei impede colheita de pequi verde. Jornal Estado de Minas,
Belo Horizonte, 12 out. 2003.
WERNECK, G. Minas deve escolher o pequizeiro. Jornal Estado de
Minas, Belo Horizonte, 16 out. 2001


sábado, 20 de agosto de 2011

Reciclagem Caixa Longa Vida

1. APRESENTAÇÃO                   
Atualmente, o lixo pode ser considerado um dos maiores problemas enfrentados pela população mundial. Assim, a medida para sanar os males do lixo como, por exemplo, a reciclagem, tem surgido por meio de diversos projetos e programas.
A reciclagem e uma forma muito atrativa de gerenciamento de resíduos, pois transforma o lixo em insumos, com diversas vantagens econômicas, sociais e ambientas. Inúmera experiência tem mostrado que a reciclagem pode contribuir para economia dos recursos naturais, alem de possibilitar melhoria no bem estar da comunidade.  A reciclagem de embalagens longa vida é o processo pelo qual são reintegrados à cadeia produtiva os materiais componentes deste tipo de embalagem.
O processo de reciclagem consiste de duas etapas independentes e sucessivas. A primeira delas é a reciclagem do papel e a seguinte a reciclagem do composto de polietileno e alumínio. O papel reciclado pode ser utilizado por exemplo para a produção de papelão ondulado, caixas, papel para tubetes. O composto de polietileno e alumínio pode ser utilizado para a fabricação de peças plásticas, placas, telhas ou, através da sua separação completa via o processo a plasma, para a produção de parafina e alumínio metálico. Placas e telhas recicladas a partir de embalagens longas vida já estão disponíveis no mercado.
1.1  PRINCIPIO FISICO
O alumínio tam a propriedade física de refletir mais de 95% do calor que chega através de radiações, e de emitir menos de dependendo do estado de polimento de sua superfície.  A embalagem longa vida é composta por três materiais: papel, polietileno e alumínio, nas proporções, em peso, de 75%, 20% e 5%, respectivamente. A embalagem longa vida é uma embalagem asséptica para o envase de alimentos permitindo sua melhor conservação. Esta embalagem é composta de seis camadas de três materiais: papel, responsável pela estrutura; polietileno de baixa densidade, responsável pela adesão e impermeabilidade entre as camadas; e alumínio, barreira contra luz e oxigênio.


1.2   FOTO DA CAIXA


1.1  RECICLAGEM
De acordo com NEVES (1999), a etapa primária da reciclagem é realizada em uma indústria papeleira, onde as embalagens são introduzidas em um hidrapulper para extração das fibras de papel, que fornecem alta qualidade aos insumos produzidos.
Após retirada das fibras de papel, restam ainda as camadas de polietileno e alumínio para serem processadas. Este material é matéria-prima para a etapa secundária da reciclagem, onde se faz o beneficiamento destas camadas.
De acordo com ZUBEN e NEVES (1999), uma alternativa para a etapa secundária da reciclagem das embalagens longa vida é a extrusão das camadas de polietileno / alumínio, que possibilita a produção de diversos materiais como brindes, coletores de lixo, base de vassouras, entre outros. Outra alternativa é a produção de placas e telhas, objetivo deste trabalho.

TELHAS, CASA
FORRO

1.4 FORMA DE UTILIZAÇÃO:
Como subcoberturas, sob telhados, na forma de mantas feitas com as caixas abertas e coladas lado a lado.
Refletindo o calor e a luz solar incidente, na forma de persianas e cortinas. Em qualquer das formas utilizadas, o material das embalagens não é alterado. Trata-se de uma transformação do material atualmente destinado ao lixo, em material de construção, com uma utilização muito nobre. Portanto, é muito melhor do que uma reciclagem.
Caso de caixa não previamente limpa. O primeiro passo sempre é o de desarmar as caixas estiverem ainda no formato prismático original, de quando continham o leite. Para isto, destacam-se as 4 abas, duas superiores e duas inferiores, e então achatam-nas, para que fiquem planas.
Recomenda-se iniciar a abertura parcial das caixas, abrindo-se a parte superior e inferior, cortando as áreas de colagem superior e inferior, que têm cerca de oito (8) mm de largura, com tesoura grande ou preferencialmente com estilete, o que resulta em um corte absolutamente reto. Cerca de 5 a 10 caixas podem ser cortadas simultaneamente, se for usado um gabarito que garanta a uniformidade do corte. É importante que se objetive uma padronização, e que cada corte seja bem guiado. O objetivo deste procedimento é o de facilitar as etapas posteriores, que será a lavagem por imersão.

1.4.1       IMPORTANTE!


As caixas não previamente limpas que embalavam LEITE INTEGRAL são as mais difíceis de serem lavadas. A gordura do leite adere à superfície interna, sendo necessária uma atuação mais enérgica.
Recomenda-se que sejam lavadas em separado, aumentando o tempo de imersão, e se possível aquecendo a água de lavagem, ou deixando-se o tambor exposto ao sol. Em alguns casos, a acidez da gordura promove a separação do polietileno que cobre o alumínio.

As caixas podem ser inspecionadas ainda antes da lavagem final, para decidir sobre aumentar o tempo de imersão no detergente.
Em último caso, se houver ainda algum resto de gordura, o mesmo será facilmente removido com uma esponja molhada e com detergente de cozinha. De qualquer modo, não haverá mais mau cheiro nem bactérias, devido a ação do detergente e do desinfetante.

1.4.2 COLETA SELETIVA

Evitar transtornos nos lixões e aterro sanitário, Uma vez coletadas através de iniciativas de coleta seletiva estas embalagens pós-consumo são enfardadas e encaminhadas para uma indústria papeleira.
Beneficio ecologico reduçao de espaço e de volume nos lixões e aterros sanitários pelo fato de que a maior parte desta embalagem não é biodegradável, permanecendo muitos anos sob a terra.
Benéficos de economia de energia nos ambientem onde a tecnologia for aplicada, pela menor necessidade do uso de ar condicionado e de ventiladores.
Beneficio social, por criar atividades simples para qualquer idade, incentivar o trabalho manual nas escolas e o artesanato.

1.4.3 FOTOS DAS CAIXAS
2.CONCLUSÕES 
Além disso, traz uma série de benefícios econômicos e sociais, relacionado ao menor custo de mercado e geração de empregos relacionados à coleta seletiva e ao processamento dos materiais, possibilitando o resgate da cidadania dos envolvidos e benefícios ambientais, pois incentiva a reciclagem das embalagens longa vida, proporcionando um melhor aproveitamento destes materiais, evitando disposição em lixões e aterros sanitários.
Outra preocupação constante e os desequilíbrios ecológicos, provocados pelos desmatamentos desordenados e que poluem as águas dos rios e etc. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente de tantas agressões, pode acabar por se transformar em local inabitável. Com a reciclagem muitos recursos naturais podem ser economizados.

3. Referências Bibliográficas

1. NEVES, F. L.; “Reciclagem de embalagens cartonadas Tetra Pak”. Revista ‘O Papel’ no 2, pág. 38-45, 1999

2. ZUBEN, F. von; NEVES, F. L; “Reciclagem do alumínio e do polietileno presentes nas Embalagens Cartonadas Tetra Pak”. In: Seminário Internacional de Reciclagem do Alumínio, São Paulo, 1999. anais. São Paulo: ABAL, 1999, pág. 96 – 109.

domingo, 7 de agosto de 2011

O DIA DE COMBATE A POLUIÇAO

14 DE AGOSTO
Foto Anna Almeida

Atualmente, em vastas regiões da Terra, o simples ato de respirar corresponde à abreviação da vida. Sofrimentos de origem pulmonar e alérgica crescem em progressão geométrica. Hospitais e consultórios de especialistas vivem lotados com as vítimas das mais diferentes impurezas. Abeirar-se do escapamento de um veículo é suicídio, tal a adulteração de combustível vigente por aí. Isso sem citar os motores desregulados...

Cidades assassinadas Quando você se aproxima, por estrada, via aérea ou marítima, de grandes centros populacionais do mundo, logo avista paisagem sitiada por oceano de gases nocivos. Crianças e idosos moram lá... Merecem respeito.

No entanto, de maneira implacável, sua saúde vai sendo minada. A começar pela psíquica, porquanto as mentes humanas vêm padecendo toda espécie de pressões. Por isso, pouco adiantará cercar-se de muros cada vez mais altos, se de antemão a ameaça estiver dentro de casa, atingindo o corpo e a psicologia do ser.
Em cidades praieiras, a despeito do mar, o envenenamento atmosférico avança, sem referência à contaminação das águas e das areias... O que surpreende é constituírem muitas delas metrópoles altamente politizadas, e só de algum tempo para cá seus habitantes na verdade despertarem para tão terrível risco.

Despoluir qualquer área urbana ou rural deveria fazer parte do programa corajoso do político que realmente a amasse. Não se pode esperar que isso apenas ocorra quando se torna assunto lucrativo. Ora, nada mais proveitoso do que cuidar do cidadão, o Capital de Deus.
  
As questões são múltiplas, mas esta é gravíssima: estamos respirando a morte. Encontramo-nos diante de um tipo de progresso que, ao mesmo tempo, espalha ruína. A nossa própria.

Comprova-se a precisão urgente de ampliar em largo espectro a consciência ecológica do Povo, antes que a queda de sua qualidade de vida seja irreversível. Este tem sido o desafio enfrentado por vários idealistas pragmáticos. Entretanto, por vezes, a ganância revela-se maior que a razão. O descuido no preparo de certas comunidades, para que não esterilizem o solo, mostra-se superior ao instinto de sobrevivência.

A água está acabando A Tribuna da Imprensa, do veterano Hélio Fernandes, publicou a conclusão de um estudo divulgado pelo instituto independente Worldwatch, com sede nos Estados Unidos: “O gelo ártico perde uma área equivalente à Holanda a cada ano, ou cerca de 34.300 quilômetros quadrados. (...) Como o gelo permanente funciona também como um espelho, refletindo o calor solar e mantendo a temperatura da Terra relativamente fria, teme-se que o atual derretimento multiplique os efeitos devastadores do aquecimento global da atmosfera.

Antes da catástrofe, porém, o gelo derretido já vem causando problemas para cidades que dele dependem para seu suprimento de água potável. Lima, no Peru, é um exemplo dramático. Cada um dos seus dez milhões de habitantes dispõe hoje de apenas três metros cúbicos da água proveniente da geleira de Quelccaya, quando, há dez anos, dali eram tirados 30 metros cúbicos”.Conseqüência do efeito estufa? Uns afirmam que sim; outros, ainda hoje, que não. A verdade é que se trata do resultado da insensatez de gente que não enxerga um palmo adiante do nariz, como satirizava — numa versão da melodia popular de Noel Rosa (1910-1937) — o poeta Pedrinho Bevilacqua, alguns que pensam que sabem, mas não sabem. Desenvolvimento sustentável.
 Atualmente, nem o nosso querido Porto Alegre e muito outras partes do País estão livres da poluição que vem desqualificando o ar. Aliás, numa entrevista concedida à Super RBV, AM 1300, na capital gaúcha, o supervisor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, sr. Maurício Fernandes da Silva, apontou o crescente número de motocicletas nas ruas (veículos ainda desprovidos de catalisadores que reduzem a emissão de poluentes no ar) como um dos principais fatores prejudiciais à qualidade do ar dos porto-alegrenses.

Ao final do bate-papo, indagado sobre como aliar progresso e preservação ambiental, asseverou: “Temos de buscar sobremaneira um conceito já muito difundido de desenvolvimento sustentável. É preciso gerar renda, emprego. Entretanto, equivoca-se aquele que pensa que, para gerar progresso, tenha de poluir o meio em que vive. Hoje, já existem técnicas e métodos em que todos trabalhem na preservação da natureza e ao crescimento econômico. O Planeta em que vivemos não é nosso. É de nossos filhos. Temos, então, de deixar para eles, no mínimo, um mundo melhor do que herdamos de nossos pais”.Que assim seja, pois a destruição da Natureza é a extinção da Raça Humana. Se não suplantarmos o difícil hoje, poderemos ser esmagados pelo impossível amanhã.

Reduzir a poluição é hoje uma das principais preocupações da maioria dos países do mundo. Porém, não obstante a vasta legislação que tem sido publicada visando essa redução, a tarefa não é fácil, pois exige uma ação internacional concertada (recorde-se que a poluição não conhece fronteiras), enorme investimentos e a intervenção de todos os cidadãos, em geral, e das empresas, em particular. E evidente que não se podem fechar as fábricas e mandar parar os automóveis e os aviões. Por isso, a diminuição da poluição tem de passar por um conjunto muito vasto de medidas, de que se dão a seguir alguns exemplos:
  
                          Instalação nas fábricas de dispositivos (catalisadores) que retenham os fumos e os gases, podendo estes ser até reutilizados como fontes energéticas. De acordo com o princípio de que "deve pagar quem polui", esta medida tem já caráter obrigatório em vários países industrializados, relativamente a muitas indústrias;
Utilização de tecnologias alternativas, ou seja, de tecnologias diferentes que reduzam o consumo de energia, tornem a indústria menos poluidora (tecnologias limpas) e valorizem os resíduos;

Aplicação de catalisadores em todos os automóveis novos, de modo a diminuir o máximo de emissão de fumos e gases e a redução da quantidade de chumbo e enxofre nos combustíveis (gasolina, gás óleo). Pensa-se que estas medidas reduzirão entre 70% e 90% a poluição do ar provocada pelos veículos motorizados;
Obrigatoriedade de inspeções periódicas a todos os tipos de veículos automóveis no que respeita aos níveis de poluição atmosférica (nomeadamente a emissão de fumos) e sonora (especialmente sobre o nível de ruído dos tubos de escape), como já acontece em muitos países;

Substituição de alguns produtos químicos industriais perigosos, como, por exemplo, os que têm levado à destruição da camada do ozônio.

Sem dúvida que a aplicação de tais medidas, que não se esgotam aqui, contribuiriam, de modo decisivo, para "uma atmosfera mais limpa" Mas a sua aplicação tem custos elevados, para muitas empresas. Por exemplo, a substituição das tecnologias tradicionais por tecnologias alternativas (limpas), nas unidade fabris já em laboração, exige profundas alterações na estrutura dessas unidades e, por conseqüência, elevadíssimos investimentos, só ao alcance das grandes empresas. 
  
Mas as novas fábricas poderão adaptar, logo na fase de instalação, essas tecnologias alternativas, como, aliás, acontece com os automóveis, em que só os que saem agora das fábricas vêm equipados com sistemas antipoluição (catalisadores) e adaptados ao consumo de "gasolina verde" (sem chumbo). Também a substituição dos produtos químicos perigosos por outros de menor impacto ambiental exige aturadas e dispendiosas investigações, o que acarreta também custos elevados. E é exatamente por isso que têm surgido conflitos entre as instancias governamentais e muitas empresas produtoras de uma vasta gama de produtos químicos destruidores da camada de ozônio. É afinal, o confronto entre a necessidade de preservar o ambiente e a sobrevivência das empresas.

O homem perde-se numa estranha contradição quando vai relacionar-se com a natureza: ele destrói para construir. Essa atitude já se reflete no meio ambiente: rios poluídos por resíduos industriais, a chuva ácida nas grandes cidades, a névoa escura que acompanha o nascer do dia nas metrópoles. Todas conseqüências da irracionalidade humana quando se fala em preservação.

A saúde e o bem-estar humanos estão diretamente relacionados com a qualidade do meio ambiente, isto é, com suas condições física, química e biológica. Entende-se por poluição a deterioração das condições ambientais, que pode alcançar o ar, a água e o solo.
Fonte: Soleis
CONCLUSÃO
A terra uma preocupação constante, é os desequilíbrios ecológicos, provocados pela ambição desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por se transformar em local inabitável. Para combater a poluição não e so um dia especifico e sim durante os trezentos e sessenta e cinco dias que vivemos.
Somos levados acreditar que o homem esta muito longe de solucionar os grandes problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária. É desejo de todos nos algo seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras, para podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacifico, será mais facilmente habitado pelas gerações futuras.


quinta-feira, 23 de junho de 2011

Resíduos Sólidos

Resíduos sólidos são materiais heterogêneos, (inertes, minerais e orgânicos) resultantes das atividades humanas e da natureza, os quais podem ser parcialmente utilizados, gerando, entre outros aspectos, proteção à saúde pública e economia de recursos naturais. Os resíduos sólidos constituem problemas sanitário, ambiental, econômico e estético.
Os Resíduos sólidos podem ser divididos em grupos, como:
1. Lixo Doméstico: é aquele produzido nos domicílios residenciais. Compreende papel, jornais velhos, embalagens de plástico e papelão, vidros, latas e resíduos orgânicos , como restos de alimentos, trapos, folhas de plantas ornamentais e outros.
2. Lixo Comercial e Industrial: é aquele produzido em estabelecimentos comerciais e industriais, variando de acordo com a natureza da atividade.
Restaurantes e hotéis produzem, principalmente, restos de comida, enquanto supermercados e lojas produzem embalagens.
Os escritórios produzem, sobretudo, grandes quantidades de papel.
O lixo das indústrias apresenta uma fração que é praticamente comum aos demais: o lixo dos escritórios e os resíduos de limpeza de pátios e jardins; a parte principal, no entanto, compreende aparas de fabricação, rejeitos, resíduos de processamentos e outros que variam para cada tipo de indústria. Há os resíduos industriais especiais, como explosivos, inflamáveis e outros que são tóxicos e perigosos à saúde, mas estes constituem uma categoria à parte.
Classes dos Resíduos
Classe 1 - Resíduos Perigosos: são aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente, exigindo tratamento e disposição especiais em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.
Classe 2 - Resíduos Não-inertes: são os resíduos que não apresentam periculosidade, porém não são inertes; podem ter propriedades tais como: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. São basicamente os resíduos com as características do lixo doméstico.
Classe 3 - Resíduos Inertes: são aqueles que, ao serem submetidos aos testes de solubilização (NBR-10.007 da ABNT), não têm nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de portabilidade da água. Isto significa que a água permanecerá potável quando em contato com o resíduo. Muitos destes resíduos são recicláveis. Estes resíduos não se degradam ou não se decompõem quando dispostos no solo (se degradam muito lentamente). Estão nesta classificação, por exemplo, os entulhos de demolição, pedras e areias retirados de escavações.




Origem
Possíveis Classes
Responsável
Domiciliar
2
Prefeitura
Comercial
2, 3
Prefeitura
Industrial
1, 2, 3
Gerador do resíduo
Público
2, 3
Prefeitura
Serviços de saúde
1, 2, 3
Gerador do resíduo
Portos, aeroportos e terminais ferroviários
1, 2, 3
Gerador do resíduo
Agrícola
1, 2, 3
Gerador do resíduo
Entulho
3
Gerador do resíduo

li x o o mal do mundo civilizado

A natureza trabalha em ciclos — nada se perde, tudo se transforma. Animais,
excrementos,folhas e todo tipo de material  orgânico morto se decompõem com a ação de milhões de microrganismos degradadores, como bactérias, fungos, vermes e outros, dando origem aos nutrientes que vão alimentar novas espécies de vida. Na natureza não existe lixo. Até o início do século passado, os seres humanos viviam em harmonia com a natureza. Todo o lixo que geravam — restos de comida, excrementos de animais e outros materiais orgânicos — se reintegrava aos ciclos naturais e servia como adubo para a agricultura. Mas, com a industrialização e a concentração da população nas grandes cidades, o lixo foi se tornando um problema. A sociedade moderna rompeu os ciclos da natureza: por um lado, extraímos mais e mais matérias-primas, por  outro, fazemos crescer montanhas de lixo. E como todo esse rejeito não retorna ao ciclo natural, transformando-se novas matérias-primas, torna-se uma perigosa fonte de doenças e de contaminação para o meio ambiente. Recentemente começamos a perceber que, assim como não podemos deixar o lixo acumular dentro de nossas casas, é preciso conter a geração de resíduos e dar um tratamento adequado ao lixo no nosso planeta. Para isso, será preciso brecar os consumos desenfreados, que gera cada vez mais lixo, e investir em tecnologias que permitam reaproveitar e reciclar os materiais em desuso. Precisamos ainda reformular nossa concepção a respeito do lixo. Não podemos continuar pensando que o saco de lixo é o fim do problema, quando é apenas o começo. Não podemos mais encarar o lixo como um “resto inútil”,e sim como algo a ser transformado em nova matéria prima para retornar ao ciclo produtivo de forma salutar.  

Quanto mais lixo, mais problemas.

O aumento na geração de resíduos sólidos tem várias conseqüências negativas: custos cada vez mais altos para coleta e tratamento do lixo; dificuldade para encontrar áreas disponíveis para aterrá-lo; grande desperdício de matérias primas. Por isso, o lixo deve ser integrado ao ciclo produtivo ou da natureza. Outras conseqüências do enorme volume de lixo gerado pelas sociedades modernas, quando o lixo é depositado em locais inadequados ou a coleta é deficitária, são:
contaminação do solo, ar e água;
proliferação de vetores transmissores de doenças;
entupimento de redes de drenagem urbana;
enchentes e desmoronamentos;
degradação do ambiente e depreciação imobiliária;
indiretamente, doenças, absenteísmo e mortes;

Classificação do lixo

Em geral, as pessoas consideram lixo tudo aquilo que se joga fora e que não tem
mais serventia. Mas, se olharmos com cuidado, veremos que o lixo não é uma massa indiscriminada de materiais. Ele é composto de vários tipos de resíduos que precisam de manejo diferenciado. Assim, para efeito de coleta e tratamento, o lixo pode ser classificado de várias maneiras de classificar. Com base em sua natureza física, o lixo pode ser “seco”ou “molhado”. O lixo seco é composto por materiais recicláveis (papel, vidro, lata e plástico).Alguns, porém, não são reciclados por falta de mercado, como é o caso de papéis sujos e vidros planos. O lixo molhado corresponde à parte orgânica dos resíduos, como as sobras de alimentos, cascas de frutas, restos de poda, etc., que pode ser usada para compostagem. Essa classificação é muito usada nos programas de coleta seletiva, por ser de fácil entendimento para a população. Outra forma de classificar o lixo é de acordo com sua composição química.
Nesse caso, é denominada matéria orgânica, ou seja, procedente de organismos vivos, como plantas e animais, ou matéria inorgânica, que inclui os minerais, materiais sintéticos e outros. Quando se leva em conta os riscos potenciais ao meio ambiente, o lixo pode ser classificado como perigoso ou tóxico; inerte; não inerte; e radioativo. Por fim, existe ainda outra forma de classificação, baseada na origem do lixo.

Nesse caso, o lixo pode ser, por exemplo, domiciliar ou doméstico, público, de serviços de saúde, industrial, agrícola, entulho e outros. Essa é a forma de classificação usada nos cálculos de geração de lixo. Veja a seguir as principais características dessas categorias:

lixo domiciliar: ou comercial: são os resíduos provenientes das residências
e dos estabelecimentos comerciais. É muito diversificado, mas contém principalmente
restos de alimentos, produtos deteriorados, embalagens em geral, retalhos, jornais e revistas, papel higiênico, pilhas, fraldas descartáveis, etc.
lixo público: restos de poda e produtos da varrição das áreas públicas, limpeza de praias e galerias pluviais, resíduos das feiras livres e outros;
lixo de serviços de saúde: resíduos provenientes de hospitais, clínicas médicas ou odontológicas, laboratórios, farmácias, etc. É potencialmente perigoso, pois pode conter germes patogênicos. em agulhas,seringas,algodões e curativos com sangue, além de materiais cortantes.
lixo industrial: são os resíduos resultantes dos processos industriais. O tipo de lixo varia de acordo com o ramo de atividade da indústria. Nessa categoria está a maior parte dos materiais considerados perigosos ou tóxicos;
lixo agrícola: resulta das atividades de agricultura e pecuária. É constituído por embalagens de agrotóxicos, rações, adubo, restos de colheita e dejetos da criação de animais;
entulho: restos da construção civil, reformas e demolição.
Agora, até o lixo é eletrônico
No início do século passado, o lixo urbano era rico em restos de alimentos, poda de jardins, produtos domésticos, têxteis e restos de construção. Ainda hoje o lixo é composto em sua maior parte por materiais orgânicos, mas é bem maior do que no início do século a quantidade de papel e material de embalagem (metais, plásticos e papelão), além de produtos como pilhas,  equipamentos eletrônicos, óleo de motor usado, restos de tinta e outros. De uns tempos para cá,um novo tipo de lixo acumula problemas para o meio ambiente: o lixo eletrônico. São computadores, telefones celulares, televisores e outros tantos aparelhos e componentes que, por falta de destino apropriado, são incinerados ou depositados. Em aterros sanitários alem de ocupar muito espaço, peças e componentes de micros feitos de metais pesados possuem efeitos tóxicos para a saúde humana. O chumbo dos tubos de imagem, o cádmio das placas e circuitos impressos e semicondutores, o mercúrio das baterias, o cromo dos anticorrosivos do aço e o plástico dos gabinetes são ameaças concretas que requerem soluções em curto prazo. A reciclagem é um dos meios de tratar esses resíduos; a outra é a substituição de metais pesados por outros menos tóxicos. A tendência é que os fabricantes sejam responsabilizados por receber os equipamentos descartados para dar-lhes um fim ambientalmente correta. No Brasil, os fornecedores de telefones celulares já têm que receber de volta as baterias fora de uso (Fonte: revista Tema. Serpro, no 160. Março, 2002. Ano XXVI).
No Brasil, a geração de lixo per capitã varia de acordo com o porte populacional do município. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), elaborada pelo IBGE em 2000, a geração per capita de lixo no Brasil varia entre 450 e 700 gramas nos municípios com população inferior a 200 mil habitantes  e entre 700 e 1.200 gramas em municípios com população superior a 200 mil habitantes. Não consegui encontrar dados atuais.
Para onde vai o lixo
Segundo a pesquisa do IBGE, 64% dos municípios brasileiros deposita seu lixo de forma inadequada, em locais sem nenhum controle ambiental ou sanitário.
São os conhecidos lixões, terrenos onde se acumulam enormes montanhas de rejeitos
a céu aberto. Além de degradar a paisagem e produzir mau cheiro, os lixões
são verdadeiros focos de contaminação, causando vários tipos de problemas ambientais
e de saúde pública. Expostos à água das chuvas, o material orgânico, os produtos químicos e metais pesados contidos em pesticidas, pilhas, baterias, produtos de limpeza e outros presentes no lixo formam um líquido altamente tóxico, que se infiltra na terra, contaminando o solo e as águas subterrâneas. Esses líquidos, chamados líquidos percolados ou lixiviador, podem ter um grau de poluição até 200 vezes superior ao esgoto doméstico e representam um sério risco para as reservas de água subterrâneas e superficiais. (Fonte: Ecolíderes,1998, p.345.).
Ao serem decompostos, os materiais orgânicos (restos de alimentos, verduras, etc.) produzem gases, principalmente o metano (CH4), um gás tóxico e inflamável que mata a vegetação. Forma-se também o dióxido de carbono (CO2), que, junto com o metano e outros gases presentes na atmosfera, contribui para o aquecimento da Terra. Devido ao mau cheiro, os lixões atraem moscas, insetos e ratos, que, em contato com os humanos, transmitem várias doenças. Do ponto de vista imobiliário, os lixões também se tornaram um transtorno. Afinal, quem gosta de morar perto de um lixão? Apesar de tantos aspectos repulsivos, os lixões se tornaram um meio de vida para os segmentos mais miseráveis da população. brasileira. Atualmente, a maioria dos lixões no País abriga famílias inteiras que tiram seu sustento da catação do lixo, trabalhando em condições indignas e totalmente insalubres.
oenças






Resíduos perigosos
Os resíduos industriais e alguns domésticos, como restos de tintas, solventes, aerossóis, produtos de limpeza, lâmpadas fluorescentes, medicamentos
vencidos, pilhas e outros, contêm significativa quantidade de substâncias químicas
nocivas ao meio ambiente. Estima-se que existam de 70 a 100 mil produtos químicos sintéticos, utilizados de forma comercial na agricultura, na indústria e nos produtos domésticos. Infelizmente, as conseqüências que eles acarretam só são percebidas depois de muito tempo de uso. Foi o que aconteceu com o clorofluorcarbono, conhecido como CFC,que há bem pouco tempo era amplamente usado em aerossóis, isopor, espumas, sistemas de ar condicionado, refrigeradores e outros produtos, até descobrisse que sua liberação na atmosfera vinha causando a destruição da camada de ozônio. Muitos desses produtos contêm metais pesados, como mercúrio, chumbo, cádmio e níquel, que podem se acumular nos tecilixo dos vivos,até atingir níveis perigosos para a saúde. Os efeitos da exposição prolongada do homem a essas substâncias ainda não são totalmente conhecidos. No entanto, testes em animais mostraram que os metais pesados provocam sérias alterações no organismo, como o aparecimento de câncer, deficiência do sistema nervoso e imunológico, distúrbios genéticos, etc. Quando não são adequadamente manejados, esses produtos químicos vão, de alguma forma, contaminar o solo, a água e o ar. A seguir, você vai ver alguns exemplos de resíduos perigosos, que devem ser adequadamente tratados para evitar riscos ao homem e ao meio ambiente:

Pilhas: algumas pilhas de uso doméstico ainda possuem elevadas concentrações
de metais pesados. Já as chamadas pilhas alcalinas são menos agressivas, e seu descarte não representa problema ambiental. Como o processo de reciclagem das pilhas é complicado e caro, não é feito na maioria dos países. Por isso, o consumo de pilhas que contêm altas concentrações de metais pesados deve ser evitado. Ao comprar pilhas, verifique na embalagem. as informações sobre os metais que a compõem e como descartá-las.
Baterias: as baterias de automóveis, industriais, telefones celulares e outras contêm metais pesados em concentração elevada, por isso o descarte deve ser feito de acordo com as normas estabelecidas para proteção do meio ambiente e da saúde. No Brasil, resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 1999,nos 257 e 263, determinaram que o descarte e o gerenciamento ambiental adequado de pilhas e baterias usadas é de responsabilidade dos fabricantes, dos importadores, da rede autorizada de assistência técnica e dos comerciantes. Portanto, o descarte das baterias de carro, que contêm chumbo, e de telefones celulares, que contêm níquel, cádmio e outros metais pesados, deve ser feito somente nos postos de coleta mantidos por revendedores, assistência técnica, fabricantes, importadores — é deles a responsabilidade de recolher e encaminhar esses produtos para a reciclagem. O mesmo vale para qualquer outro tipo de bateria, devendo o usuário criar o hábito de ler as instruções de descarte nos rótulos ou embalagem dos produtos.
Pneus: a quantidade de pneus em desuso tornou-se um sério problema ambiental, já que contêm metais pesados, hidrocarbonetos e outras substâncias contaminaram loradas. O Brasil descarta, anualmente, cerca de 20 milhões de pneus de todos os tipos: de trator, caminhão, automóvel, carroça, moto, avião e bicicleta, entre outros. Quando depositados nos lixões, podem contaminar o solo e a água, além de propiciar o acúmulo de água em seu interior e a proliferação do mosquito transmissor da dengue. Quando são queimados, produzem emissões extremamente tóxicas, devido à presença de substâncias que contêm cloro. Por esse motivo,o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) proibiu o descarte e a queima de pneus a céu aberto e responsabilizou fabricantes e importadores pela destinação final ambientalmente adequada daqueles que não tiverem mais condições de uso. De acordo com a Resolução no 258 do Conama, em 2002, para cada quatro pneus novos, o fabricante deve recolher um em desuso. Em 2003, a empresa recolhe um para cada dois novos. A relação chega a um para um em 2004 e, a partir de 2005,para cada quatro pneus novos,a empresa deverá recolher cinco. Existem várias formas de reutilizar os pneus de borracha, como a recauchutagem ou reparação e a reciclagem, para extração de combustível destilado de pneus e aglomerados. A partir dos pneus, pode-se produzir também um pó de borracha que serve para fabricar tapetes e outros produtos. Quando incinerados de forma segura, podem produzir energia.
No Brasil e em muitos outros países, os pneus velhos já têm sido utilizados na pavimentação de ruas, misturando-se a borracha ao asfalto. Para obter mais informações sobre o que vem sendo feito com os pneus usados, faça contato com as associações de classe, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) ou Associação Brasileira da Indústria de Pneus Remoldados (Abip).
Lâmpadas: fluorescentes: mais econômicas, as lâmpadas fluorescentes se tornaram muito populares no Brasil,principalmente em função da necessidade de economizar energia durante o período de racionamento de energia elétrica ocorrido em 2001.Isso,no entanto, criou um problema: é que as lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio, um metal pesado altamente prejudicial ao meio ambiente e à saúde. Como ainda não há dispositivos legais específicos que regulem o descarte nem tão pouco interesse dos fabricantes em proporcionar soluções tecnológicas e sistemas de destinação
adequados para esse tipo de material, toda essa quantidade de lâmpadas fluorescentes que vem sendo vendida acabará depositada no lixo comum,contaminando o meio ambiente e colocando em risco a saúde da população. Resta ao consumidor usar o seu poder de escolha e de pressão sobre as autoridades e as empresas,exigindo o estabelecimento de medidas adequadas e seguras para descartar esse tipo de lâmpada.
Embalagem:
quanto mais simples, melhor
Você já prestou atenção na quantidade e variedade de embalagens que acompanham os produtos que consumimos? Será que precisamos de todas elas? É certo
que as embalagens são muito úteis: elas protegem os produtos contra sujeira e o
ataque de insetos e roedores, conservam os produtos por mais tempo e os deixam
mais atraentes, facilitam o transporte e trazem informações importantes para o
consumidor. O problema é que,depois de cumprir sua função, elas, inevitavelmente,
vão acabar no lixo. O pior é que as embalagens estão ficando cada vez mais sofisticadas e complexas. Com o aperfeiçoamento das técnicas de conservação de produtos, novos
materiais foram agregados às embalagens para torná-las mais eficientes. Essas
misturas, no entanto, dificultam tanto a sua degradação natural como a separação
de materiais para reciclagem. Por esse motivo, o setor de embalagens poderá contribuir de forma substancial para o consumo sustentável se encarar o desafio de atender à demanda e ao mesmo tempo eliminar os resíduos pós-consumo que comprometam o futuro. Isso implica desenvolver materiais menos agressivos ao meio ambiente, reduzir o emprego de materiais desnecessários e promover a coleta de lixo, a reutilização e a reciclagem.
A responsabilidade é de quem produz
Vários países europeus como Alemanha, Holanda, Áustria, Espanha e Suécia, entre outros, introduziram nos últimos anos leis para reduzir a geração dos resíduos de vasilhames e embalagens. Na Suécia, por exemplo, as empresas são responsáveis pelo recolhimento de seus vasilhames de alumínio, papel, papelão, papel corrugado, plásticos, aço e vidro. O mesmo ocorre com jornais, folhetos publicitários, revistas e catálogos, além de pneus. Para racionalizar esse processo e tornar mais econômico o
manejo da reciclagem, os produtores uniram esforços e se organizaram. A medida resultou numa redução significativa dos volumes de vasilhames e embalagens encaminhadas aos aterros sanitários, o que demonstra que, quando as empresas são obrigadas a encontrar soluções, sob pena de receber sanções econômicas, podem fazê-lo com muita rapidez. No Brasil, é ainda bastante reduzido o número de municípios que possuem sistemas adequados de coleta seletiva, manejo, tratamento e disposição final dos resíduos, e nem todos os Estados brasileiros possuem leis que regulamentam o tema. No plano federal, existem resoluções de órgãos como o Conama que obrigam os fabricantes a dar destino ambientalmente adequado a certos produtos descartados. Lei nº 12305, 2 de agosto de 2010 da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

O lixo e o consumo
A geração de lixo cresce no mesmo ritmo em que aumenta o consumo. Quanto mais mercadorias adquirem, mais recursos naturais consomem e mais lixo geramos. A situação é mais grave nos países desenvolvidos — eles são os que mais geram lixo. Porém, nos países em desenvolvimento o quadro também é preocupante. O crescimento demográfico, as concentrações da população nas grandes cidades e a adoção do estilo de vida dos países ricos fizeram aumentar o consumo e a conseqüente geração de lixo. Hoje já sabemos que, se os países em desenvolvimento passarem a consumir matérias-primas no mesmo ritmo dos países desenvolvidos, chegaremos rapidamente a um colapso ecológico, com o esgotamento dos recursos naturais e níveis altíssimos de contaminação provocada por lixo. A situação tem sido amplamente debatida nos fóruns internacionais, nos quais especialista de todo o mundo aponta uma saída: para que os países pobres do mundo possam aumentar seu consumo de maneira sustentável, os países desenvolvidos devem diminuir os seus. O desafio, de qualquer maneira, se impõe a todos, pobres e ricos: consumir de forma sustentável implica poupar os recursos naturais, conter o desperdício, reutilizar e reciclar a maior quantidade possível de resíduos. Só assim conseguiremos diminuir a geração de lixo e prolongar o tempo de vida dos recursos naturais do planeta.
Como resolver o problema
do lixo?
Para alguns ambientalistas, uma das soluções para o problema do lixo está na. Política dos três erres: reduzir, reutilizar e reciclar. Porém, outros fatores, como a adoção de padrões de consumo responsável, visando poupar recursos naturais e conter o desperdício, antecedem a aplicação dessa política.
Reduzir significa consumir menos produtos e preferir aqueles que ofereçam menor potencial de geração de resíduos, tenham maior durabilidade e ocupem menos espaço.
Reutilizar é usar novamente as embalagens.
Exemplo: as caixas plásticas de sorvetes usadas atualmente sempre servem para guardar alguma coisa.
Reciclar é fabricar um produto a partir de material usado. Por exemplo, podemos produzir papel reciclando papéis usados. Papelão, latas, vidros e plásticos também podem ser reciclados. Para facilitar o trabalho de encaminhar material usado para reciclagem, é importante fazer a separação no lugar de origem do lixo — a casa, o escritório, a fábrica, o hospital, a escola, etc. A separação também é necessária para o descarte adequado de resíduos perigosos.


Reciclagem: a indústria do presente
A reciclagem é uma das alternativas de tratamento de resíduos sólidos mais vantajosas, tanto do ponto de vista ambiental como do social. Ela reduz o consumo de recursos naturais, poupa energia e água e ainda diminui o volume de lixo e a poluição. Além disso, quando há um sistema de coleta seletiva bem estruturado, a reciclagem pode ser uma atividade econômica rentável. Pode gerar emprego e renda para as famílias de catadores que devem ser os parceiros prioritários na coleta seletiva. A coleta seletiva, além de
beneficiar o meio ambiente, é uma oportunidade de trabalho que pode ajudar a diminuir o desemprego. Para atrair mais investimentos para o setor, é preciso uma união de esforços entre o governo, o segmento privado e a sociedade no sentido de desenvolver políticas adequadas e desfazer preconceitos em torno dos aspectos econômicos e da
Confiabilidade dos produtos reciclados. Os materiais que podem ser reciclados
são o vidro (garrafas, frascos e potes), o plástico (baldes, copos descartáveis, frascos
de detergente,xampu,sacos plásticos, canos, etc.), papel e papelão de todos os tipos e metais (latas de alimentos, refrigerantes, etc.).Por questões de tecnologia ou de mercado, alguns materiais ainda não são reciclados.
Tratamento e disposição
adequada do lixo
Existem algumas formas possíveis para o tratamento do lixo e sua disposição na natureza. No Brasil, o gerenciamento dos resíduos é de responsabilidade das Prefeituras Municipais. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada pelo IBGE em 2000, (Ate o fechamento desta pesquisa não foi encontrado dados atualizados)64% dos municípios brasileiros depositam seus resíduos em lixões. Apenas 14% possuem aterros sanitários e 18% possuem aterros controlados. Veja a seguir como funciona cada um dos sistemas de tratamento e disposição e suas conseqüências para o homem e o meio ambiente:
Compostagem
É um processo que permite aproveitar os resíduos orgânicos, como restos de alimentos, folhas, etc., transformando-os em um excelente fertilizante para o solo. Deixar de aproveitar esses resíduos é um grande desperdício, pois eles representam mais da metade do lixo doméstico. A compostagem pode ser feita em casa ou, em escala maior, em unidades de tratamento biológico. O material orgânico é depositado na composteira, que pode ser um buraco feito no chão, onde deve ficar por três a cinco meses. O resultado da decomposição do material orgânico é um composto que pode ser utilizado para adubar vasos, jardins e até hortas comunitárias.
Como exemplo: A Câmara Municipal do Seixal tem priorizado a resolução dos problemas
ambientais do Concelho no entendimento que tem por base uma estratégia económica e ambientalmente sustentável. O projecto de Compostagem Doméstica, que conta com o apoio da Comunidade Europeia através do Programa Life, insere-se nesta estratégia com a implementação de um conjunto de acções que têm como objectivo reduzir os resíduos domésticos a enviar para o aterro sanitário através da sua transformação num composto fertilizante que pode ser usado como nutriente e correctivo do solo nos jardins e quintais. Trata-se, assim, de um projecto conomicamente e ecologicamente sustentável e amigo do ambiente, uma vez que implica a redução do volume de resíduos ao mesmo tempo que os munícipes que aderirem ao projecto passam a dispor, sem custos, de um óptimo fertilizante. Estamos, pois, convictos de que este guia da Compostagem Doméstica que agora se publica será de grande utilidade para todos quantos, no exercício pleno da cidadania, decidirem aderir a esta iniciativa.
Câmara Municipal do Seixal – Portugal
Aterro sanitário
O aterro sanitário é um método de aterramento dos resíduos em terreno
preparado para a colocação do lixo, de maneira a causar o menor impacto ambiental
possível. Veja a seguir algumas das medidas técnicas empregadas para proteger
o meio ambiente:
o solo é protegido por uma manta isolante, de maneira a impedir que os
líquidos poluentes, lixiviados ou chorume, venham a se infiltrar, atingindo
as águas subterrâneas;
são colocados dutos captadores de gases, para impedir explosões e combustões espontâneas causadas pela decomposição da matéria orgânica. Os
gases são queimados para evitar sua dispersão na atmosfera;
é implantado um sistema de captação o chorume,para encaminhamento
desse lixiviado tóxico a lagoas ou outros sistemas de tratamento;
as camadas de lixo vão sendo compactadas,para redução do volume,
e cobertas com terra, de maneira a impedir a exalação de odores e atração
de animais, roedores e insetos.
o acesso ao local deve ser controlado, para evitar o aparecimento ou
abandono de resíduos de natureza perigosa, colocados sem controle.
Aterro controlado
Do ponto de vista ambiental, o aterro controlado não é eficiente porque não
utiliza todos os recursos de engenharia para evitar a contaminação, como no
caso do aterro sanitário. Embora seja uma alternativa melhor do que os lixões – a
cobertura dos resíduos com terra e o controle de entrada e saída de pessoas na área evita a presença de catadores e a proliferação de animais transmissores de doenças –, o aterro controlado, no entanto, não é considerado uma forma adequada de tratamento para o lixo.
Incineração
A incineração é um processo de redução do volume por meio de queima, a alta temperatura (800ºC ou maior), que exige análise criteriosa e cuidadosa para a sua
adoção. Trata-se de um sistema complexo, que envolve milhares de interações
físicas e de reações químicas. Esse fato atinge maior relevância porque:
a massa de lixo é muito heterogênea (resíduos urbanos ou hospitalares);
a combustão nunca se processa de forma ideal, podendo haver formação
de outros produtos. Além do dióxido de carbono e do vapor de água, da incineração resultam gases que podem incluir diversas substâncias tóxicas, como chumbo, cádmio, mercúrio e outros metais pesados, ácido clorídrico e dióxido de enxofre, dioxinas e furanos, PCBs, etc. Entre eles, destacam-se as dioxinas e os furanos, que integram os chamados poluentes orgânicos persistentes — POPs. São tóxicos, cancerígenos, resistentes à degradação e bioacumulam em tecidos gordurosos (humanos e animais). São transportados pelo ar, água e pelas espécies migratórias, através das fronteiras internacionais, e depositados distantes do local de sua emissão, onde se acumulam em ecossistemas terrestres e aquáticos. Em decorrência dessas características, em setembro
de 1998 a Environmental Protection Agency (EPA), a agência de proteção ambiental
americana, anunciou que não existe um nível “aceitável” de exposição às dioxinas.
No Brasil, os incineradores são mais empregados para os resíduos hospitalares,
apesar de vários estudos já demonstrarem que os aterros sanitários são ainda mais
adequados para a sua deposição. Existem unidades de incineração no Brasil que estão sendo desativadas por operarem precariamente, sem sistemas de limpeza adequados dos gases emitidos, e com custos de implantação e operação muito elevados.

Fontes:
Câmara Municipal do Seixal - Portugal