quarta-feira, 11 de março de 2020

Doze projetos são selecionados e vão receber verbas para pesquisar impacto do óleo no litoral

Caranguejos em cima de óleo em mangue no Litoral de Pernambuco — Foto: Clemente Coelho Júnior/Reprodução
Caranguejos em cima de óleo em mangue no Litoral de Pernambuco — Foto: Clemente Coelho Júnior/Reprodução
A Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe) divulgou, nesta terça-feira (3), os 12 projetos que foram selecionados para receber apoio financeiro para pesquisas sobre os atuais e futuros impactos do derramamento de óleo no litoral do estado. Ao todo, as propostas serão contempladas com R$ 2,3 milhões. O edital sobre o desastre ambiental que afetou 11 estados foi anunciado em outubro.
Seis dos projetos selecionados são de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Outros quatro são da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), um é do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) e outro, da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).
O edital tem o objetivo de incentivar pesquisas para estudar os impactos do óleo na vida marinha, na saúde e na economia. Nesta terça, o governo recomendou que a população evite consumir duas espécies de peixe após análise laboratorial.
O resultado desta etapa é preliminar e poderá ser modificado de acordo com recursos eventualmente interpostos, ou se houver alguma inadimplência do proponente com as administrações públicas federal, estadual ou municipal.

Confira os projetos aprovados

  • Impactos do derrame de óleo nos ecossistemas costeiros (recifes, estuários e prados de angiospermas marinhas) no Litoral de Pernambuco – UFPE
  • Avaliação dos impactos ambientais mediados pela contaminação por petróleo no ecossistema manguezal de Rio Formoso – Unicap
  • Impacto do óleo nos grupos funcionais tróficos dos manguezais e recifes de corais de Pernambuco e sua consequência nos serviços ecossistêmicos – UFPE
  • Implementação de serviços tecnológicos especializados em análise de hidrocarbonetos em matrizes ambientais (btex e hpas) e pescados (hpas), em apoio a ações emergenciais e de longo prazo aos programas de avaliação e mitigação de impactos – Itep
  • Avaliação da contaminação ambiental da costa litorânea de Pernambuco baseada na identificação e quantificação de hidrocarbonetos alifáticos e policíclicos aromáticos do petróleo – UFRPE
  • Avaliação dos efeitos do petróleo (hidrocarbonetos e derivados) sobre a comunidade fitoplanctônica e fitobentônica em estuários pernambucanos – UFRPE
  • Biorremediação, restauração e monitoramento de ecossistemas costeiros impactados pelo petróleo em Pernambuco – UFRPE
  • Hidrocarb-mobilis-PE – hidrocarbonetos: persistência, mobilidade e impacto em solos/sedimentos de estuário/manguezal do Litoral de Pernambuco – UFPE
  • Monitoramento de petróleo na água e seu impacto na base da teia alimentar na costa de Pernambuco: implicações ecológicas – UFPE
  • E a saúde dos pescadores de Pernambuco, como fica após o contato com a poluição do petróleo em nosso Litoral? Monitoramento, diagnóstico e previsibilidade de danos – UFPE
  • Monitoramento de médio prazo dos efeitos do derramamento de óleo sobre os recursos pesqueiros do estado de Pernambuco – UFRPE
  • Biogéis impressos 3D: do monitoramento de micro contaminantes orgânicos e inorgânicos a remediação em rios do estado de Pernambuco – UFPE
Mancha de óleo vista no litoral de Maragogi, em Pernambuco, no dia 17 de outubro — Foto: Diego Nigro/Reuters
Mancha de óleo vista no litoral de Maragogi, em Pernambuco, no dia 17 de outubro — Foto: Diego Nigro/Reuters

Óleo em Pernambuco

Durante as ações de limpeza de óleo nas praias de Pernambuco, o governo informou que, entre os dias 17 e 31 de outubro, foram recolhidas 1.561 toneladas de substância no litoral. Ao todo, segundo o governo, foram atingidas 47 praias e oito rios de todo o estado.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, 66 pessoas que tiveram contato com o óleo apresentaram problemas de intoxicação.
Fonte: G1

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