Uma fileira de bolsas coloridas e de formas cintila nas prateleiras de elegante loja paulista. São pequenas obras de arte, donas de uma beleza que nem de longe faz crer que foram originadas de um produto antes tido como mero descarte: pele de tilápia. Quando os clientes descobrem qual é a matéria prima, arregalam os olhos, de tão admirados, segundo Tatiana Nasrallah Bedran da grife SNB.
Tudo começou com a persistência de uma, também paulista, chamada BRO-Business Relationship Office, esse escritório de negócios visualizou nos couros exóticos um importante nicho de mercado a partir do problema que um de seus clientes enfrentava. Ele trabalha com carne de peixe e a pele passou a ser um empecilho, pois desenvolve microorganismo e pode ate causar danos ao meio ambiente se não tiver destino apropriado, explica Sonia Cristina Mendes da BRO.
Tilápias em tanques de cativeiros, do Açude Castanhão produz-se bolsas, calçados e ouras peça. Do peixe, tanto no rio ou mar, tudo se aproveita das vísceras se extrai o óleo que vira combustível, da carne se comida para diversos partos, e dou couro fazem acessórios que só terão limite na criatividade em modelos de bolsas, calçados, adornos e utensílios domésticos produzidos por artesãs destes municípios. Todos os meses são produzidos centenas de peças que são vendidas para varias Cidades no Ceara e outros Estados.
Localizada numa vila de pescadores e reserva ambiental, a Mar & Arte é uma distribuidora de artesanatos, acessórios de moda e decoração, feitos a partir de materiais que seriam incinerados, gerando renda para 30 famílias de Brasília Teimosa e do Curado.
A equipe é formada pelas filhas e mulheres dos pescadores do Frigorífico Noronha (no Curado), de onde vêm os couros das tilápias devidamente cortados. As artesãs retiram as escamas e o couro é enviado à Franca, em São Paulo, por um caminhão com temperatura adequada, onde o material é curtido e tingido.
De volta ao Recife, o produto é transformado em bolsas, sandálias, pulseiras, acessórios de cabelo, pufes, cadeiras, mesas, porta-retratos. Outros tipos de materiais são usados para compor e produzir as peças, tais como barro e madeira.
Criadores de peixe da região de Sinop, em Mato Grosso, usam a criatividade para aproveitar o que antes ia para o lixo. O couro dos animais agora é garantia de renda para as famílias.
Mauro e Rosane Dall'Agnol trabalham com piscicultura em Sinop, no norte de Mato Grosso. O principal peixe criado nos tanques é o tambaqui. Mauro explica que o custo de produção é alto. Por isso, é preciso buscar alternativas para permanecer na atividade. Uma delas é aproveitar o couro do peixe. A experiência começou a partir da necessidade.
Mauro e Rosane Dall'Agnol trabalham com piscicultura em Sinop, no norte de Mato Grosso. O principal peixe criado nos tanques é o tambaqui. Mauro explica que o custo de produção é alto. Por isso, é preciso buscar alternativas para permanecer na atividade. Uma delas é aproveitar o couro do peixe. A experiência começou a partir da necessidade.
"Surgiu de um problema que a gente tinha. O couro vinha se acumulando. Ele ficava entrando em decomposição. Então, surgiu a ideia. Fomos pesquisar e encontramos para curtir", conta Mauro.
Hoje só são jogados fora a espinha e as escamas do peixe. Uma pequena indústria artesanal foi montada com a ajuda do artesão Ernesto Kuhr. Ele já trabalhou com o curtimento de couro de outros animais. O seu Ernesto contou que adaptar a técnica ao tambaqui foi um desafio por causa das escamas.
Flor do Mar
Arte com escamas de peixes. Produtos ecologicamente corretos e socialmente justos. Bouquets para noivas eco chics
Noivas eco chics consomem conscientemente ao escolherem flores com escamas de peixes na composição dos seus bouquets. Decisão ecológicamente correta, possibilitando transformar o bouquet em lembrança permanente, já que as flores com escamas de peixes, apesar do aspecto delicado, duram para sempre.
FOTOS:
ARTEFATOS DE PELE PEIXE
BOLSA DE PELE DE TILAPIA
SAPATO DE COURO DE PEIXE
Sustentabilidade: A tecnologia que transforma pele de peixe em couro que recicla e agrega valor comercial a um material que antes ia para o lixo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Associação dos Produtores e Processadores de Peixes de Jaguaribara/ Av. Vereador Sobrinho,230,Centro- Ceara (88) 9606.8589/9928.2198, Fonte: Diário do Nordeste
Mariana Caetano e Luciana Franco, Piscicultura Couro de peixe reveste o mercado da moda do Lixo para Luxo. Revista Globo Rural, ano 20 n. 239, setembro, 2005. Disponível em http/. http://www.globorural.globo.com/. Acesso em: 10/03/2009
Divulgando no meu blog!!!
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