quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Pato ameaçado de extinção se reproduz de forma natural pela primeira vez em cativeiro.

É a primeira vezque a espécie pato-mergulhão se reproduz de forma natural em cativeiro; caso aconteceu no zoo de Itatiba (Foto: Zooparque de Itatiba/Divulgação )
O Zoológico de Itatiba (SP) registrou pela primeira vez a reprodução por meio natural de pato-mergulhão sob cuidados humanos no mundo. Os quatro filhotes nasceram no dia 8 de julho, de ovos incubados pela primeira vez pelos próprios pais.
O pato-mergulhão é uma das aves aquáticas mais raras e ameaçadas do mundo. No Brasil, há registros da espécie em Minas Gerais, Tocantins e Goiás.
Em agosto de 2017, quatro filhotes de pato-mergulhão nasceram no zoológico de forma artificial. Foi a primeira vez que a espécie se reproduziu em cativeiro no país.
Alexandre Resende, veterinário do zoológico, diz que a reprodução faz parte de um projeto que desenvolve ações focadas na conservação de espécies ameaçadas da fauna nacional.
Filhotes estão sendo criados pelos pais, com o mínimo de intervenção humana (Foto: Zooparque de Itatiba/Divulgação )
Os filhotes estão sendo criados pelos pais, sem nenhuma intervenção humana. O veterinário explica que eles fazem a observação do dia a dia dos animais por meio de câmeras de monitoramento para que não interfiram na adaptação dos animais.
Os visitantes que vão até o zoológico podem ver os filhotes de um centro audiovisual instalado na maternidade.
De acordo com o veterinário, a ideia é que os animais se reproduzam em quantidade para que possam ser soltos na natureza.
“Sem esse trabalho, essa espécie vai desaparecer. Em três anos esperamos poder começar o trabalho de introduzí-los na natureza”, afirma Alexandre.
O veterinário explicou ainda que a espécie só se reproduz uma vez por ano. Os patos adultos que tiveram filhotes neste ano vieram de ovos coletados em 2015 nas regiões do país onde ainda existe espécie do animal.

De volta à natureza

Para Alexandre Rezende, o nascimento dos filhotes de forma natural, e o fato de serem cuidados pelos pais, mesmo em cativeiro, mostra que a espécie pode sobreviver em seu habitat natural.
“Os pais foram criados artificialmente e, mesmo assim, estão criando os filhotes muito bem. Isso aumenta a esperança no processo de reprodução”, explica o veterinário.
O projeto do pato-mergulhão teve seu início em 2006, por iniciativa do Instituto Brasileiro de Meio-Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em 2012 foi criado o Plano Nacional de Conservação (PAN) do pato-mergulhão.
Fonte: G1

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