Resíduo radioativo
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O
aviso suplementar sobre radiação ionizante lançado em 15 de fevereiro de 2007
pela Agência Internacional de Energia Atómica e a Agência Internacional de
Normas.
Os resíduos
radioativos ou "lixo atômico", são formados por resíduos com elementos químicos radioativos que
não têm um propósito prático. São frequentemente um subproduto do processo
nuclear, como a fissão nuclear. O resíduo também pode gerar-se no processamento
de combustível nuclear para os reatores ou armas
nucleares e em aplicações médicas de diagnósticos radiológicos na
medicina nuclear. Os resíduos radioativos são perigosos para a maioria das
formas de vida e ao ambiente, e são regulados por
organizações governamentais de maneira a que possa ser protegida a saúde humana
e o ambiente.1 2 3 4
Um
sumário das quantidades de resíduos radioativos e abordagens para a gerência da
maioria de países desenvolvidos é apresentado e convencionado pela Agência
Internacional de Energia Atómica (IAEA) Joint
Convention on the Safety of Spent Fuel Management and on the Safety of
Radioactive Waste ManagementEstes podem-se classificar por motivos de
gestão em:
·
Resíduos
desclassificados (ou extintos) não
oferecem uma radioatividade que pode resultar perigosa para a saúde de pessoas
e o meio ambiente, ou para o presente ou no futuro, podem ser usados como
materiais convencionais.
·
Resíduos de
baixa atividade possuem radioatividade
gama e beta em níveis menores a 0,04 GBq/m³ se são líquidos, 0,00004 GBq/m³ se são
gasosos, ou a taxa de dose em contato é inferior a 20 mSv/h se são sólidos. Somente se consideram
desta categoria se o seu período de meia-vida for
inferior a 30 anos. Devem armazenar-se em armazéns superficiais.
·
Resíduos de
média atividade possuem radioatividade
gama e beta em níveis maiores aos resíduos de baixa atividade mas inferiores a
4 GBq/m³ para líquidos, gasosos com qualquer atividade ou sólidos cuja taxa de
dose em contato é superior aos 20 mSv/h. É igual aos resíduos de baixa atividade,
somente se consideram desta categoria o seu período de meia-vida for
inferior a 30 anos. Devem armazenar-se em armazéns superficiais.
·
Resíduos de alta
atividade ou alta vida média: todos aqueles
materiais emissores de radioatividade alfa e
aqueles materiais emissores beta ou gama que
superem os níveis impostos pelos limites de resíduos de media atividade. Também
aqueles onde o período de meia-vida for
superior a 30 anos (como os actinídeos minoritários). Devem armazenar-se em
armazêns geológicos profundos (AGP).
Composição
Os
resíduos radioativos provenientes de usinas nucleares contém uma mistura de
elementos radioativos de curta duração e de longa duração, bem como elementos
não radioativos. A composição média é de aproximadamente 93% Uranio, 1,3%
Plutônio, 0,14% outros Actinídeos, e 5,2% de produtos de fissão. Cerca de 1,0%
deste resíduo consiste em isótopos de vida longa 79Se, 93Zr, 99Te, 107Pd, 126Sn, 129I
e 135Cs. Isótopos de vida mais curta, incluindo 89Sr, 90Sr, 106Ru, 125Sn, 134Cs, 137Cs
e 147Pm constituem 0,9% em um ano, diminuindo para 0,1% em 100
anos. O 3,3-4,1% restante consiste em isótopos não-radioativos.
A
diferença entre os resíduos nucleares de alto nível e curta duração e de baixo
nível e vida longa pode ser ilustrada pelo exemplo a seguir: Um mole de 131I
(meia-vida de 8 dias) e um mole de 129I (meia-vida de
15.700.000 anos) produzem as mesmas 3x1023 emissões em um
período igual a uma meia-vida. 131I decai com o lançamento de
970 keV enquanto 129I decai com o lançamento de 194 keV de
energia. Portanto, 131g de 131I liberam 45 gigajoules ao longo
de oito dias, a uma velocidade inicial de 600 EBq ou 90 quilowatts. Em
contraste, 129g de 129I, liberam 9 Gigajoules em mais de 15
milhões de anos, a uma velocidade inicial de 850 MBq ou 25 microwatts. Em
outras palavras, os radionuclídeos tais como 129I ou 131I,
podem ser altamente radioativos, ou de vida muito longa, mas não ambos.
Classificação de
resíduos radioativos
A
classificação de resíduos radioativos varia entre os países. A IAEA, que
pública as Normas sobre Segurança dos Resíduos Radioativos (RADWASS), também
têm um papel importante.7 8
Transporte
Transporte
de resíduos radioativos nos EUA.
Cada contentor é construído em aço de 14 in (36,0 cm) de
espessura e pesa mais de 50 toneladas.
É
gerado um perigo importante no transporte dos resíduos desde as usinas aos
armazéns centrais, que se realiza no interior de uns grandes cilindros de metal
extremamente resistentes de aço e chumbo.
Armazenamento dos resíduos
Existem
meios viáveis para a gestão dos resíduos. No caso dos de média e baixa
atividade, contam com duas opções. Por um lado, o seu confinamento em
superfícies ou bem armazenado em instalações subterrâneas de baixa
profundidades.
Pela
sua parte, os resíduos de alta atividade requerem sistemas de gerência que
garantem o seu embalamento e confinamento durante largos períodos de tempo. As
duas opções que existem para o armazenamento são armazenamento temporal
prolongado (ATC) e o armazenamento definitivo de grande profundidade ou
armazenamento geológico profundo. O armazenamento prolongado permite guardar o
combustível entre 100 a 300 anos, e pode levar-se a cabo com tecnologia
existente na atualidade através dos armazéns temporais centralizados. Em
respeito a segunda opção, o armazenamento geológico profundo, falta demonstrar
que seria efetivo para períodos extremamente grandes ou ao menos similares ao
de armazenamento prolongado. Devido a não existir um regulamento internacional
especifíca a este respeito, mas existir um consenso acerca do armazenamento
geológico profundo ser a melhor opção uma vez que a tecnologia ofereça
garantias totais. Em ATC, mesmo sem problemas, não oferece uma solução
definitiva ao problema, apenas prorroga para gerações futuras. Trata-se,
portanto de uma opção de gestão temporal e não final.
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