sábado, 19 de maio de 2018

Apenas 10% das terras protegidas estão totalmente livres da atividade humana, diz estudo.

Algumas áreas protegidas têm atividade humana limitada, desde que convivam preservando a biodiversidade e o equilíbrio ecológico (Foto: Ascom MPF/MS)
Um terço da terra protegida está sob intensa pressão humana por processos que incluem a construção de estradas, a agricultura e a urbanização, mostra estudo publicado na “Science” nesta quinta-feira (17). O levantamento fez uma avaliação do impacto da atividade humana em terras protegidas — a última análise dessa escala, segundo autores, foi feita em 1992.
De todas as terras sob proteção, 33% estão sob intensa atividade humana — enquanto 42% estão livre de pressões mensuráveis. Apenas 10% dessas terras estão totalmente livres de atividade humana — mas a maior parte da área está em terras remotas, como em regiões da Rússia e do Canadá.
Mapa em estudo publicado na ‘Science’ mostra áreas sobre intensa atividade humana. Quanto mais alaranjada a cor, mais intensa a atividade é. No quadro B, está o Parque Nacional Podolskie Tovtry, na Ucrânia. Na C, estradas na Tanzânia; Na D, áreas de agricultura e prédios na Coréia do Sul (Foto: Google Earth/Science)
De acordo com a União Internacional para a Conservação da Naureza, método adotado pela ONU e a Convenção sobre a Diversidade Biológica, uma área protegida deve manter a integridade ecológica e condições naturais; nesse sentido, espécies e seus hábitats devem se manter protegidos da ação humana para que processos ecológicos e evolutivos se mantenham.
“Há uma clara relação entre atividade humana e o declínio da biodiversidade”, escreveram os autores.
Eles defendem, no entanto, que há cenários em que a atividade humana pode conviver com a biodiversidade — como em algumas combinações menos extensivas de agricultura.
Um outro ponto a se considerar é que a atividade humana não responde por toda a pressão que se coloca na natureza — outros fatores, como a mudança climática também interferem no equilíbrio ecológico de áreas sob preservação.
Outra pesquisa publicada na mesma edição da ‘Science’ desta quinta-feira (17) mostrou que até 2100, muitas espécies de plantas e vertebrados perderão seus habitats se o aquecimento global chegar a mais de 2º C — o maior impacto será sentido para os insetos, que perderão 18% de suas faixas de ambiente naturais.
Fonte: G1

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