quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Seis novas espécies de tamanduá-anão são descobertas na América Latina

Pesquisadores brasileiros, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), revelaram e confirmaram seis novas espécies de tamanduaí, ou tamanduá-anão, na América Latina.
Antes, acreditava-se que existia apenas a Cyclopes didactylus. Temos, a partir de agora, até uma versão “ruiva” desses animais, com a pelagem avermelhada, como explica Flávia Miranda, uma das autoras do estudo publicado nesta segunda-feira (10), no periódico científico “Zoological Journal of the Linnean Society”.
O estudo mostrou os resultados das análises de 287 espécimes de coleções – incluindo caudas e crânios – e o DNA foi sequenciado de 33 amostras. Os pesquisadores levaram em conta padrões para o pelo e outras características anatômicas dos animais.
Foram dez expedições em diferentes lugares do Brasil – Pará, Pernambuco, Piauí, São Luis, Amapá – e no Suriname, de 2007 a 2016, para caracterizar os novos tamanduás-anões. Algumas das amostras foram obtidas de outras regiões da América Latina, como Colômbia e Peru, e outros estados do país, como Manaus, Rondônia, Acre e São Paulo.
Três dessas novas espécies já haviam sido relatadas (as três primeiras abaixo), mas sem revalidação, e três nunca haviam sido identificadas. São os nomes:
  • Cyclopes ida
  • Cyclopes dorsalis
  • Cyclopes catellus
  • Cyclopes thomasi
  • Cyclopes xinguensis
  • Cyclopes rufus
“É em toda a América Latina. Uma espécie fica na região mesoamérica, do México até os Andes, outras espécies aqui no Brasil, e uma na Bolívia. Foram dez anos de trabalho de campo na Amazônia”, disse Flávia, que também é integrante do Projeto Tamanduá.
A pesquisa foi orientada pelo pesquisador Fabricio Rodrigues. De acordo com Flávia, no próximo ano, será feita a análise do status de conservação desses novos tamanduás-anões. O interesse do projeto é identificar se alguma delas já está sob risco de extinção.
“A gente acredita que algumas possam já estar correndo risco. É o caso da Cyclopes xinguensis, que fica no Xingu, onde existe uma área já bem degradada”, completou.
Fonte: G1

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