segunda-feira, 20 de abril de 2020

Mico-leão-dourado.

Símbolo da luta pela conservação de espécies ameaçadas de extinção no Brasil, estima-se que haja 1,6 mil indivíduos desse simpático primata na natureza atualmente.
Os micos alimentam-se principalmente de insetos, capturados por suas unhas compridas de dentro das bromélias da Mata Atlântica.
FOTO DE JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC PHOTO ARK
Durantes anos, o mico-leão-dourado foi o sinônimo da luta pela conservação de espécies ameaçadas de extinção no Brasil. É fácil entender o porquê: o simpático macaquinho que raramente pesa mais 600 gramas na natureza cativa com sua penugem dourada e pequena juba ao redor da cabeça. A juba é comum a todas as quatro espécies de mico-leão – encontradas apenas no Brasil. No caso do mico-leão-dourado, o habitat é a Mata Atlântica do Rio de Janeiro, numa área de 6 mil km². O total de região florestal onde estes animais são encontrados, no entanto, não passa de 500 km², em cidades como Cabo Frio e Saquarema. A espécie se organiza em bandos de até oito indivíduos e tem hábitos diurnos, sendo que o pico da atividade é nas primeiras horas da manhã. Alimentam-se principalmente de insetos – gostam de usar as unhas compridas para procurar presas dentro de bromélias –, néctar e frutos.
Na Reserva Biológica União (REBIO União), uma das áreas onde são encontrados, uma pesquisa identificou 160 espécies de plantas no cardápio dos micos-leões-dourados. As mais abundantes foram da família das Myrtaceae, como jabuticabas e pitangas, e Sapotaceae, como sapotis. A gestação dos micos-leões-dourado varia gira em torno de 130 dias e, em mais da metade dos casos, nascem gêmeos. Filhotes únicos ou trigêmeos são mais raros. As crias são cuidadas por todo o bando. Nas três primeiras semanas, não largam do cangote das mães, mas, após esse período, preferem ficar pendurados nos machos. Na hora de dormir, escolhem ocos de árvores ou a copa de palmeiras que lhes dão proteção contra seus predadores, como jaguatiricas e jiboias. Mas não são outros animais que colocam a espécie em perigo, mas sim a redução do habitat e a expansão urbana, entre outros.
Apesar de a IUCN classificar a população da espécie como em declínio, o ICMBio vai na direção oposta e vê um aumento no número de animais na natureza, hoje estimado em 1,6 mil indivíduos. Um terço destes são oriundos de programa de reintrodução, prova de que o esforço para proteger os animais em extinção vale a pena.
Fonte: National Geographic Brasil

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